O Inferno de todos nós
Apesar de banais, filmes como O inferno têm por objetivo causar alguma experiência de choque na realidade tirando-nos dela por algum momento tal como Baudelaire pretendia com seu Spleen na poesia, os poetas e filósofos românticos alemães com seu Sturm und drang, ou ainda o surrealismo como última expressão do instantâneo na modernidade segundo Benjamin, por mais que o choque dos filmes de ação atuais sejam uma derivação fraca e de menor intensidade do que pretendiam os movimentos artísticos modernos de vanguarda e não exista mais no cinema a aura da arte como diz também Benjamin, e nem mesmo exista já o choque com tantos filmes com esse objetivo, pois os choques excessivos que produzem na realidade também não chocam mais, e vivemos na realidade de um desenho animado do Mickey Mouse em que diversas coisas impossíveis acontecem sem qualquer choque com elas. Se o efeito do choque é eletrizar, colocar o corpo numa disposição, num Spleen de vida perdido na banalidade do cotidiano, e toda a arte conceitual contemporânea desde A fonte de Duchamp tem essa finalidade de não finalidade, já que a intenção é destituir a finalidade a que se pretende com ela, no fim, ser escolhida e acolhida para estar num museu, o excesso de choques atuais produzidos pelo cinema e diversas mídias produz o contrário de um dinamismo do corpo, pois o que acontece é sua letargia e uma anestesia do corpo e da mente na realidade. A carne se eletriza ao ponto de se enrijecer e parar de se agitar como nós no sofá ou numa cama, ou ainda, um bife na panela aos poucos ficando duro, totalmente anestesiados assistindo a filmes de ação que nos fazem ficar sem ação, inertes segundo a primeira lei de Newton e da modernidade, sem nenhuma agitação por serem mais do mesmo por toda parte na realidade, alguém, um herói ou super-herói, com um poder maior do que outros para salvar a humanidade.
Neste sentido, assistir a filmes como O inferno nada mais é do que perder tempo, podemos dizer do alto de nossa intelectualidade e criticidade acadêmica, quiçá filosófica, e, de fato, não é nada mais do que isto, uma perda de tempo mesmo, fazer o tempo passar despercebido em nossa vida, sem nos angustiarmos com ele, com o presente de grego que é a vida, por mais que em muitos filmes destes seja a vida ali presente em sua forma angustiante. Por ser perda de tempo, filmes como ele não são vistos por quem não queira perder tempo tão acostumado com a produtividade capitalista em que vive na qual cada tempo é medido não em si mesmo por sua passagem, mas pelo que pode ser produzido nele, de um carro numa indústria a um artigo para uma revista acadêmica para constar no Lattes ou dar algum poder de fala em relação aos outros com um conceito da moda que ninguém entende, mas é usado para ficar na moda acadêmica. Em vez de assistir a filmes como O inferno é melhor assistir a filmes cults, ler um bom livro, assistir o último documentário sobre a extinção da natureza ou o mais novo preconceito de alguma minoria, fazer algo sério em vez de se divertir, trabalhar, enfim, como manda o bom e velho capitalismo em vez de ficar sem fazer nada como vagabundo, de esquerda, comunista, que não gosta de trabalhar, assistindo filme baseado em livro best seller de Dan Brown.
Todavia, filmes como O inferno valem a perda de tempo, mas não de dinheiro para assisti-los num cinema caro comendo pipoca cara como quer o capitalismo hollywoodiano. Valem tanto quanto um dia na praia, um passeio no parque, uma volta pela cidade à noite para descansarmos a vista, pensar em alguma coisa, conversar sobre algo, no caso do filme sobre ele mesmo, encontrando na realidade e não num pensamento sobre ela algo interessante. Isto porque, se pararmos para pensar um pouco na realidade, esta que vemos cotidianamente, natural e social, a realidade não é nada interessante e não há nada nela que nos choque no dia a dia assim como num filme hollywoodiano. A realidade é uma grande perda de tempo, o nosso tempo de vida num trânsito frenético que nos anestesia no fim do dia, estorva ao ponto de não querermos fazer mais nada, mesmo que não tenhamos feito absolutamente nada ou pouca coisa durante o dia, principalmente para a nossa vida, isto é, nada que a intensifique de fato, que lhe dê potência, que a faça querer viver mais, dispor-se a viver mais e mais e mais e mais... ad infinitum e além, como diria Buzz Lightyear, mostrando que há algo além do infinito pensado pelos filósofos românticos alemães.
O que há, enfim, além desta realidade banal, cotidiana, de filmes como O Inferno produzidos ao infinito? Um olhar mais atento neste filme nos possibilita uma resposta a qual tem sido dada há tempos por filmes como ele e demonstram uma mudança na nossa percepção da realidade que pouco percebemos. Isto porque este filme e outros filmes mostram como uma nova normalidade tem se instaurado entre nós ao ponto de não percebermos mais a realidade em nossa volta, anestesiados por ela com tantos choques como, de fato, acontece conosco na realidade.
O chamado novo normal a que muitos se referem hoje em dia é muito bem expresso em filmes de ação como O inferno e particularmente nele como um de seus enigmas em relação ao qual devemos encontrar a resposta. No começo do filme, um grande empresário capitalista cristão humanitário mostra a realidade de destruição da vida que o ser humano está produzindo levando ao fim de sua própria espécie além de outras num suicídio coletivo do planeta Terra. É preciso, segundo ele, portanto, salvar a humanidade da destruição assim como Noé fez um dia e todos os filmes de ação fazem com o seu Noé e sua barca a salvar os pares e não todos os seres vivos, isto é, salvar apenas uma parte daqueles que estão vivos, escolhidos por um critério político, econômico e divino no qual só os bons, no caso, os ricos de ascendência europeia, se salvam. (A mais nova Arca de Noé, neste sentido, é a série Expresso do Amanhã, recém lançada na Netflix na qual é criado um trem para salvar a "humanidade" da extinção depois que, para salvar a Terra do aquecimento global, os Estados Unidos, digamos assim, resolveram congelá-la e foi pior ainda. Para os cults tem o filme Interestelar que não difere em nada em termos de enredo distópico por mais cientificidade em relação ao tempo que apresente para divertir cientistas. Ou seja, ou seja, os seres humanos destruíram a Terra e vamos agora salvar quem puder em naves interestelares.)
No filme O inferno e tantos outros de ação e séries distópicas atuais, é importante perceber que o novo normal não é nos preocuparmos com a morte, por mais que ela se apresente neles, tão pouco com o poder político e econômico sobre nossas individualidades e diferenças, por mais que isto também aconteça, ou ainda, não é a biopolítica e necropolítica política e econômica decidindo quem vive e quem morre ou é deixado morrer. Isto porque não é mais a totalidade ou a universalidade e a humanidade que é colocada em questão tal como pensava o idealismo alemão expresso de modo absoluto por Hegel e pela modernidade. Na contemporaneidade espelhada no capitalismo moderno e pós-moderno e seu utilitarismo ético, o que importa é apenas uma parte da realidade e somente uma pequena parte dela a ser salva das catástrofes produzidas pela natureza e pelo próprio ser humano numa destruição total. Assim é que em filmes de ação, principalmente de super-heróis, a morte de milhares de pessoas de uma vez em poucos instantes não nos choca tanto, apenas a morte de algumas pessoas e, dentre elas, aquelas nas quais são dadas close, isto é, pessoas que são mostradas em seu rosto, posto que é preciso ver o rosto do morto para vermos a morte de fato como humana. Em geral, é o rosto dos protagonistas do filme que são tornados próximos a nós, como nós ou como um familiar ou amigo que é o personagem principal do filme que vamos conhecendo e a cada momento sentindo a sua perda, quiçá, a perda dele mesmo no fim do filme tragicamente, como a morte de Jack em Titanic, o exemplo clássico dos filmes de ação de grandes catástrofes, baseado em fatos cada vez mais reais hoje em dia.
Não importa quantos milhares e milhões de mortes aconteçam nos filmes, não sentimos por elas nenhuma emoção, pois não fazem parte da nossa vida, não são familiares, amigos, conhecidos ou desconhecidos próximos. Como nos filmes, na realidade o que importa é o que está próximo a nós, o que diz respeito à nossa vida privada e, mesmo quando o morto é alguém de vida pública, ele ainda diz respeito a alguns de modo privado sem relação com todos ou com a totalidade humana. É apenas mais um morto dentre milhares, milhões e bilhões de mortos e por mais que pensar isto pareça desumano, faz parte de nossa humanidade não nos preocupar com os mortos em demasia, aqueles que excedem a nossa vida privada, que fazem parte de uma totalidade de bilhões de pessoas e contando cada vez mais. E quanto mais se conta, ao contrário das vidas se tornarem importantes mais perdemos a conta, mais não damos conta, não fazemos conta de quem são as vidas, assim como não nos damos conta de tudo que vemos todos os dias na nossa vida cotidiana.
A questão que se coloca para nós é que, individualmente, não podemos fazer muito. O capitalismo nos fez perder a nossa da totalidade. A realidade da fábrica faz parte de nossa vida agora não tanto pelos produtos que são produzidos em parte e consumidos em parte por aqueles que produzem, consumidos, principalmente, pelos que nada produzem, apenas investem na exploração da produção dos outros como disse Marx. Ou ainda, faz parte não tanto pela vigilância e punição biopolítica como pensou Foucault privando nosso espaço e tempo, ou ainda, pelo controle e modulação de potências e potencialidades segundo Deleuze, ou mesmo, pela necropolítica, dizendo quem deve e quem não deve morrer, no caso, devendo-se morrer os negros como símbolo de uma inferioridade da natureza humana enquanto espécie numa raça, como observa Mbembe. Ainda que tudo isto se imponha na realidade e a partir destes pensamentos seja uma totalidade em sua estrutura o que se pretenda expor, a realidade é que se trata de uma parte de compreensão da realidade que se resume a uma visão individual dela, pois não é a universalidade e a totalidade que se tem em vista de fato em sua humanidade. Não é a humanidade que está morrendo e tão pouco a que deve ser salva, ainda que o desespero leve a crer nisto, é apenas uma pequena parte dela, explorada, oprimida, deixada à míngua e à morte, e muito pouco em cada uma destas visões que nunca abrangem o todo como pretendiam modernos como Hegel, e tão pouco pretendem isto de fato.
Assim é que se produz a nova distopia da realidade como novo normal. Diante de visões individuais, que visam determinados indivíduos na realidade, em classes ou minorias, perde-se a noção da realidade e aqueles que pretendem salvar a humanidade tem por objetivo salvar apenas parte dela, o mesmo que Noé em tempos míticos dos hebreus. O fascismo ampliou a visão de mundo moderna e capitalista da parte pelo todo, seja a parte um indivíduo, um partido ou minoria que se vê explorada, oprimida, deixada à morte política e econômica, sejam estes de esquerda ou de direita e, com isto, a visão que se tem na contemporaneidade da realidade. Não importa quantos morram, apenas que nos salvemos, morra quem morrer, o que importa é que alguns serão salvos, ficarão imunes, então, o melhor é imunizar o rebanho liberando a economia política capitalista para nos salvar na realidade da pandemia, do preconceito, da desigualdade social e nos fazer viver melhor com saúde, em nossa raça e classe social com a graça de deus, claro, que também faz parte do capitalismo, ainda que difira as visões de mundo quanto aqueles que devem ser salvos primeiro no Titanic, Terra, em que vivemos.
O capitalismo salva. Este é o lema do fascismo o qual não acabou com o fim da guerra, mas perdura entre nós com a morte de milhares e milhões de pessoas das quais não nos damos conta, em campos de concentração na realidade invisíveis aos nossos olhos. Seres humanos que não são corpos matáveis, tão pouco sacros, ou que se pode simplesmente deixar morrer, posto que são apenas corpos cujo movimento indica alguma alma que já não detém vida, pois as vidas não importam nestes corpos, tiradas deles em nome de um bem maior, não o bem da humanidade, mas o bem de todos nós e também de deus com pregam muitos religiosos do apocalipse.
É interessante notar, neste sentido, que no filme O inferno não há vilões ou inimigos propriamente ditos. Assim como muitos filmes de ação e heróis atuais há o herói e o anti-herói, ou para falar como Deleuze e Guattari, o Édipo e o Anti-Édipo, em termos éticos, há aquele com o qual identificamos o bem e aquele que faz bem, mas não é propriamente o bem, ou seja, que é um mal visto como bem. Robert Langdon é a representação do bem, por assim dizer, mas nem ele é visto desta forma no início do filme que joga com a ideia de quem quer o bem de quem, no caso, quem quer de fato salvar a humanidade. Diferente de outros filmes de Langdon, apesar da arte e seu simbolismo estar presente a cada momento nele, a questão não é desvendar obras de arte, mas quem é quem e quem quer destruir ou salvar a humanidade, no fim, quem vai conseguir demonstrar que é o salvador e não o destruidor dela.
Se Langdom é a representação do bem, por assim dizer, Bertrand Zobrist, é o mal, um grande empresário cristão humanitário estadunidense que alerta a todos em programas sobre o fim iminente de destruição da natureza e da espécie humana com ela. Apesar de muito bem caracterizado o mal como o próprio capitalismo, o filme não é comunista, mas a crítica é muito bem direcionada no filme, pois ao contrário de outros filmes de ação, o mal não é um extraterrestre que quer dominar planetas ou destruí-los quando não se submetem a si, como um Thanos da vida, ou ainda, o mal não é um estrangeiro terrorista oriental querendo destruir a democracia ocidental estadunidense, ou ainda, um político que quer dominar o mundo à la Hitler. O mal é literalmente um grande empresário capitalista cristão humanitário que quer salvar o mundo natural e os seres humanos matando bilhões de pessoas com uma arma química para que a humanidade possa então se tornar mais humana após a dor e sofrimento deste castigo promovido por ele em nome de deus e da própria humanidade.
Apesar de parecer um absurdo isto, não podemos negar que muitos políticos de extrema direita e pessoas comuns em defesa deles no nosso convívio cotidiano, até mesmo familiares, pensam dessa forma hoje em dia no meio da pandemia da Covid-19, sem se preocuparem com a morte de milhões de pessoas no mundo, afinal é no mundo e não na casa deles. Ao ver o mundo como sua casa, o grande empresário cristão humanitário pensa desta forma e muitos que assistem seus vídeos de motivação para o fim do mundo também pensam assim e quando ele se apaixona por alguém, como ele mesmo diz, por amor a ela e a todos os seres humanos, ele resolve pôr em prática seu plano de salvação/destruição da humanidade liberando um vírus mortal e produzindo uma pandemia catastrófica dizimadora da maior parte dos seres humanos. É o capitalismo salvando/destruindo a humanidade literalmente expresso no filme O inferno e, claro, não importam quantos morrem no filme e na realidade para o mundo ser salvo por ele.
Qual a diferença de Langdon para Zobrist? Ambos querem salvar a humanidade, não há dúvidas quanto a isso, e Zobrist não difere Langdon neste caso. Todavia, eles diferem no método e na parte da humanidade a ser salva e qual a humanidade representada no filme, no caso, a europeia com sua cultura renascentista. Todo o filme é, ademais, o resgate do renascimento e tem em vista o renascimento da humanidade a partir da Europa assim como outros filmes do gênero, principalmente os filme de super-heróis que visam salvar a humanidade a partir dos Estados Unidos e uma representação dele na África, no caso, Wakanda, que nada mais é do que uma África super desenvolvida pelo capitalismo ocidental europeu no meio da África pobre da qual ela vive literalmente isolada, assim como de outros negros na realidade, por mais que no fim haja uma mudança nisto. A ideia de renascimento é, ademais, a própria ideia de inferno cuja visão moderna até os dias atuais, segundo Langdon é a que Dante Alighieri concebeu em sua obra A Divina Comédia, dando já o indicativo que, no fim, tudo se resume a uma comédia, algo risível, com o qual não devemos nos preocupar, tudo se passa como uma grande brincadeira divina com a humanidade fazendo-a viver e morrer, e renascer para uma nova vida de pecado e punição.
A morte não importa, vamos nascer de novo. O renascimento e modernidade nos fez pensar a vida como algo temporário, presente neste momento, mas que não vai estar em seguida e que devemos vivê-la, portanto, em sua presença cotidiana sem nos preocuparmos com a morte. Devemos viver a nossa vida, carpe diem, com intensidade e deixar a vida dos outros para lá, sem importância para nós e, assim, com nosso egoísmo individualista e capitalista cotidiano, vendo a nossa parte como o todo, diria Adam Smith, todos nós nos beneficiamos. Por pior que sejam as intenções do grande empresário capitalista cristão humanitário Zobrist que é obviamente anglo-saxão, suas intenções são boas e todos o seguem como muitos hoje seguem muitos como ele na realidade e vão para as ruas motivados por estarem preocupados com a vida e não com a morte e tão pouco com a morte de milhares e milhões de pessoas.
O novo normal não é mais que classes sejam exploradas, oprimidas e morram, que pessoas sejam vigiadas e punidas e morram, que sejam dominadas totalmente em sua vida por ditaduras, fascistas e totalitárias e morram, que sejam controladas ou moduladas em sua potência até morrerem, ou mortas ou deixadas morrerem por sua inferioridade humana como raça, ou que uma pessoa morra para todos nós nos salvarmos, o novo normal é que milhares, milhões e bilhões morram para todos nós nos salvarmos como defende Zobrist, o alterego de Trump, Bolsonaro e Putin e tantos outros de extrema direita atual, defensores da salvação cristã capitalista de uma parte por todos nós.
No fim, como se pode observar, nem todos se salvam, nem no cristianismo, nem no capitalismo, nem nos filmes de ação, somente uns poucos mais importantes por seu poder político, econômico ou protagonismo em cena. Esta é a tendência dos filmes de ação, de heróis e super-heróis, e séries congêneres, fazer com que compreendamos que só alguns serão salvos e não devemos nos preocupar com todos, o que importa são todos nós nos salvarmos. No fim, o inferno não é o que Dante nos representa em sua divina comédia cristã, ou é em parte, pois o inferno é aquela dimensão mais profunda da Terra que, para os gregos, era o Tártaro, uma região de morte e esquecimento do que está vivo na superfície da Terra, o não-ser que está na profundidade do ser terreno, ainda que viva no mar e no céu. O inferno é o invisível ao que é visível aos nossos olhos no cotidiano, mas que está presente, profundamente, dentro de todos nós como seres na Terra, é o que não vemos na superfície, tão pouco queremos ver e jogamos para debaixo do tapete como os milhões de mortos no mundo atualmente com a pandemia da Covid-19.
O novo normal é, por fim, o inferno de todos nós quando não damos conta mais da morte, quando perdemos a conta dos mortos e não nos preocupamos mais com eles e tão pouco com a morte, afinal, não é nossa morte, e daí? Muitos vão morrer... É neste inferno de todos nós que estamos hoje em dia e do qual dificilmente conseguimos sair.
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