O ressentimento dos antipetistas
Nunca na história do Brasil, um partido conseguiu juntar contra ele tanto ressentimento como o PT junta agora contra si. Ele conseguiu uma façanha história de juntar contra si desde os mais ultraconservadores de direita, defensores de uma intervenção militar, aos ultrarrevolucionários de esquerda, e para além da esquerda, ansiosos pela abolição do Estado e uma organização da sociedade sem Estado.
O ressentimento que domina a todos é óbvio. No caso dos ultraconservadores de direita, são 14 anos de governo do PT, de um partido que ainda carrega em si a pecha de comunista, mesmo nunca tendo sido e declaradamente ainda mais hoje com sua polÃtica neoliberal para manter o Estado, os banqueiros e todo o capitalismo reinante. Mesmo assim, não importa, se é vermelho, é comunista segundo a lógica atual de agressões que diversas pessoas estão sofrendo por usarem esta cor, o que isto demonstra clararamente o ultraconservadorismo delas. Como se não bastasse a afronta de usar vermelho, além de comunista ou por causa disto, o PT representa para os direitistas uma massa de trabalhadores e miseráveis desinformados, ignorantes, pobres, nordestinos, pretos, mulheres que abortam e pessoas que querem a liberdade de gênero e sexo de todos os tipos, além de representar a corrupção que se descobre cada vez mais em relação há muitos de seus polÃticos, principalmente o ex-presidente Lula, principal alvo da bandeira antipetista hoje na frente até da presidente Dilma.
O ressentimento por parte dos ultrarrevolucionários é menos óbvio, pelo menos para quem é de direita, incapaz de fugir à lógica do poder pelo poder, dos palavrões e palavras de ordem em defesa da nação, mas não deixa de ser o reflexo oposto do ressentimento dos ultraconservadores. É o ressentimento de todos aqueles que durante esses 14 anos também acreditaram que o PT é tudo isto que os ultraconservadores pensam: comunista e representante de todas as minorias existentes no paÃs, incluindo da esquerda minoritária, de pessoas que um dia pensaram que ele as representaria quando chegasse ao poder apoiando diversas de suas lutas contra a opressão do Estado. Porém, como a polÃtica no Brasil é uma polÃtica de alianças, isto é, uma polÃtica medieval, na qual só se consegue se manter no poder quem casa bem, o PT não casou bem, pois foi justamente com quem é contrário a todas as minorias que representava, no caso o PMDB, representado principalmente por Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, e quem pediu pelo PMDB o divórcio com o PT através do impeachment da presidente Dilma. Uma aliança que fez o PT abandonar toda a esperança que as pessoas depositaram nele e que agora é cobrada na forma de ressentimento, seja pelo povo, que perdera nele o ideal de partido dos pobres e miseráveis, o ideal de partido em defesa de direitos sociais, minoritários e trabalhistas, e o ideal de partido que faria o povo ascender socialmente em seu consumo, seja por aqueles que pensam o povo, por tê-lo visto implementar diversas medidas contrárias à sua esperança de um paÃs melhor ou, quiça, que revolucionasse o paÃs.
Comum a todos os antipetistas de direita e de esquerda é, portanto, o ressentimento de que o PT merece o que está acontecendo a ele hoje por tudo que fez contra eles. No caso, que ele merece a opressão que está sofrendo tanto pela direita como pela esquerda, seus ultraconservadores e seus ultrarrevolucionários, que ele merece todo o escárnio público que sofre hoje da mÃdia ao vivo e em cores verde e amarela, tal como em fins da Idade Média em praça pública se torturava e matava os criminosos para o júbilo popular inclusive na frente de crianças para elas aprenderem o que é o mal e como violentarem as pessoas para expurgarem-no delas. Nada incomum neste caso para a polÃtica de alianças da Idade Média que vigora no paÃs há tanto tempo e cujo reatamento do casamento entre PSDB e PMDB se anuncia como uma nova, porém, a mesma polÃtica de conchavos de bastidores.
Quem pensa, porém, que o PT merece tudo que está sofrendo como partido e seus polÃticos, não deixa de falar a lÃngua da opressão, seja de direita ou esquerda, ultraconservador ou ultrarrevolucionário. Não deixa de ter no brandir de mão que oprime um regozijo por ver o sofrimento do PT, pelos seus 14 anos no poder, tendo em vista todas as bandeiras que lutou contra e que deixou para trás e por toda a ilusão que produziu, mais para a esquerda do que para a direita, deve-se dizer. E não deixa de seguir a lógica do bandido bom é bandido morto, pensada desde a Idade Média, quando o Estado era soberano em seu direito natural, lógica que os policiais, carrascos do Estado de direito, continuam fazer vigorar no direito positivo.
O ressentimento que faz muitos pensarem que o PT merece a opressão que sofre é o que faz hoje caminharem todos da direita e a da esquerda seguindo o mesmo sentido, o da lógica do escravo tal como Nietzsche a pressupôs, no caso, a daqueles que fazem do seu ressentimento uma forma de ascenderem ao poder sobre outros pelas mãos ou pelo saber a verdade, por menor que seja o poder se suas mãos ou a verdade do seu saber, tornando-se "senhores" sobre outros momentaneamente, à espera de um poder maior que o deles. Diferente em contrapartida, dos que seguem a lógica do senhor na qual o senhor, destituÃdo de qualquer ressentimento, não ascende ao poder pelas mãos ou pelo saber a verdade em relação aos outros, e, sim, por um poder sobre si mesmo, sobre seu próprio ressentimento, sua raiva, sua angústia, sua tristeza, enfim, não deixando que nenhum sentimento mal ou do mal o domine e lhe faça sentir-se bem, mesmo que seja produzido por outros em outros.
É no sentido desta lógica do senhor que se se opõe a toda a opressão que o PT sofre hoje em dia, pela direita e pela esquerda, para que se saia da Idade Média das ações e pensamentos que ainda se propagam no povo e naqueles que pensam por ele ansiosos por impor seu fascismo ou sua revolução sempre em busca de escravos que queiram se tornar senhores ansiosos pelo poder em suas mãos e em seus saberes.
O ressentimento que domina a todos é óbvio. No caso dos ultraconservadores de direita, são 14 anos de governo do PT, de um partido que ainda carrega em si a pecha de comunista, mesmo nunca tendo sido e declaradamente ainda mais hoje com sua polÃtica neoliberal para manter o Estado, os banqueiros e todo o capitalismo reinante. Mesmo assim, não importa, se é vermelho, é comunista segundo a lógica atual de agressões que diversas pessoas estão sofrendo por usarem esta cor, o que isto demonstra clararamente o ultraconservadorismo delas. Como se não bastasse a afronta de usar vermelho, além de comunista ou por causa disto, o PT representa para os direitistas uma massa de trabalhadores e miseráveis desinformados, ignorantes, pobres, nordestinos, pretos, mulheres que abortam e pessoas que querem a liberdade de gênero e sexo de todos os tipos, além de representar a corrupção que se descobre cada vez mais em relação há muitos de seus polÃticos, principalmente o ex-presidente Lula, principal alvo da bandeira antipetista hoje na frente até da presidente Dilma.
O ressentimento por parte dos ultrarrevolucionários é menos óbvio, pelo menos para quem é de direita, incapaz de fugir à lógica do poder pelo poder, dos palavrões e palavras de ordem em defesa da nação, mas não deixa de ser o reflexo oposto do ressentimento dos ultraconservadores. É o ressentimento de todos aqueles que durante esses 14 anos também acreditaram que o PT é tudo isto que os ultraconservadores pensam: comunista e representante de todas as minorias existentes no paÃs, incluindo da esquerda minoritária, de pessoas que um dia pensaram que ele as representaria quando chegasse ao poder apoiando diversas de suas lutas contra a opressão do Estado. Porém, como a polÃtica no Brasil é uma polÃtica de alianças, isto é, uma polÃtica medieval, na qual só se consegue se manter no poder quem casa bem, o PT não casou bem, pois foi justamente com quem é contrário a todas as minorias que representava, no caso o PMDB, representado principalmente por Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, e quem pediu pelo PMDB o divórcio com o PT através do impeachment da presidente Dilma. Uma aliança que fez o PT abandonar toda a esperança que as pessoas depositaram nele e que agora é cobrada na forma de ressentimento, seja pelo povo, que perdera nele o ideal de partido dos pobres e miseráveis, o ideal de partido em defesa de direitos sociais, minoritários e trabalhistas, e o ideal de partido que faria o povo ascender socialmente em seu consumo, seja por aqueles que pensam o povo, por tê-lo visto implementar diversas medidas contrárias à sua esperança de um paÃs melhor ou, quiça, que revolucionasse o paÃs.
Comum a todos os antipetistas de direita e de esquerda é, portanto, o ressentimento de que o PT merece o que está acontecendo a ele hoje por tudo que fez contra eles. No caso, que ele merece a opressão que está sofrendo tanto pela direita como pela esquerda, seus ultraconservadores e seus ultrarrevolucionários, que ele merece todo o escárnio público que sofre hoje da mÃdia ao vivo e em cores verde e amarela, tal como em fins da Idade Média em praça pública se torturava e matava os criminosos para o júbilo popular inclusive na frente de crianças para elas aprenderem o que é o mal e como violentarem as pessoas para expurgarem-no delas. Nada incomum neste caso para a polÃtica de alianças da Idade Média que vigora no paÃs há tanto tempo e cujo reatamento do casamento entre PSDB e PMDB se anuncia como uma nova, porém, a mesma polÃtica de conchavos de bastidores.
Quem pensa, porém, que o PT merece tudo que está sofrendo como partido e seus polÃticos, não deixa de falar a lÃngua da opressão, seja de direita ou esquerda, ultraconservador ou ultrarrevolucionário. Não deixa de ter no brandir de mão que oprime um regozijo por ver o sofrimento do PT, pelos seus 14 anos no poder, tendo em vista todas as bandeiras que lutou contra e que deixou para trás e por toda a ilusão que produziu, mais para a esquerda do que para a direita, deve-se dizer. E não deixa de seguir a lógica do bandido bom é bandido morto, pensada desde a Idade Média, quando o Estado era soberano em seu direito natural, lógica que os policiais, carrascos do Estado de direito, continuam fazer vigorar no direito positivo.
O ressentimento que faz muitos pensarem que o PT merece a opressão que sofre é o que faz hoje caminharem todos da direita e a da esquerda seguindo o mesmo sentido, o da lógica do escravo tal como Nietzsche a pressupôs, no caso, a daqueles que fazem do seu ressentimento uma forma de ascenderem ao poder sobre outros pelas mãos ou pelo saber a verdade, por menor que seja o poder se suas mãos ou a verdade do seu saber, tornando-se "senhores" sobre outros momentaneamente, à espera de um poder maior que o deles. Diferente em contrapartida, dos que seguem a lógica do senhor na qual o senhor, destituÃdo de qualquer ressentimento, não ascende ao poder pelas mãos ou pelo saber a verdade em relação aos outros, e, sim, por um poder sobre si mesmo, sobre seu próprio ressentimento, sua raiva, sua angústia, sua tristeza, enfim, não deixando que nenhum sentimento mal ou do mal o domine e lhe faça sentir-se bem, mesmo que seja produzido por outros em outros.
É no sentido desta lógica do senhor que se se opõe a toda a opressão que o PT sofre hoje em dia, pela direita e pela esquerda, para que se saia da Idade Média das ações e pensamentos que ainda se propagam no povo e naqueles que pensam por ele ansiosos por impor seu fascismo ou sua revolução sempre em busca de escravos que queiram se tornar senhores ansiosos pelo poder em suas mãos e em seus saberes.
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