Por falar nele, você não sabe o que eu ou-vi no Whatsapp...


Notícias ruins vêm a galope, diz o ditado, e as fofocas sempre foram os galopes delas, mas em tempos de Whatsapp e redes sociais informatizadas, a fala tem perdido cada vez mais espaço para textos e imagens na disseminação das notícias ruins que as fofocas costumam propagar pelos ouvidos alheios, por mais que ela esteja presente ainda em áudios, pois o que se coloca do ponto de vista contemporâneo é a ausência da fala na presença viva diante  da presença do outro em diálogo, discurso e debate, que não está mais presente, nunca esteve presente no discurso de quem fala do outro sem a presença dele e, senão por isso, se fala dele e mal, mais ainda, quanto pior melhor.

Quem nunca? Quem nunca falou mal dos outros? Quem nunca teve aquela coceira na língua e não se conteve e acabou por falar mal de alguém, passou adiante o que ouviu falar mal dele pela amiga da amiga da amiga que é muita amiga daquela outra que não presta a não ser para se falar mal dela porque, na verdade, é uma inimiga íntima? E que pior inimigo do que um inimigo íntimo, aquele que você carrega em sua consciência e, sempre que pode, fala mal dele no Whatsapp da vida de hoje em dia?

Falar dos outros e, mais ainda, falar mal dos outros, sempre fez parte da história humana e Jorge Luis Borges em suas fantásticas histórias já escreveu uma história sobre a História Universal da Infâmia, este falar mal dos outros tão propagado hoje em ato nas fake news em redes sociais privadas como Whatsapp e públicas como o Twitter e Facebook. Ademais, falar dos outros e, mais ainda, falar mal deles não apenas sempre fez parte da história, mas de um ponto de vista dialético sempre fez a história a começar por Heródoto que começou por apanhar o que se dizia em sua época em todos os lugares conhecidos no mundo antigo grego e não grego, diferente dos gregos em sua identidade. E quem provavelmente começou a fazer esta história toda de falar dos outros e mal deles foi senão Homero com sua Ilíada que é, não por menos, sobre Troia e não simplesmente sobre a guerra dos gregos contra ela, mas daqueles que não eram gregos, que eram diferentes deles e ficavam, segundo a boca pequena da época, roubando a mulher dos outros na casa deles. Algo semelhante, talvez, do que fez Euclides da Cunha em Sertões, para documentar a luta do homem na terra falando do outro, do que foi oprimido, violentado e morto exaltando no mínimo sua história como a de sobretudo, um forte, valorizando a luta contra si, ainda que a diminua a luta contra ele em outro sentido, um sentido que, por ser outro, é calado no discurso de vitória, pois mostra o quanto a luta contra o outro é injusta segundo a justiça dos homens e divina.

Falar dos outros, da vida alheia, desta vida que é alheia a nós e sobretudo mal dela porque não nos pertence, não diz respeito à nossa vida, é aquilo que constitui a história humana em sua afirmação por uns e negação dos outros e que disseminada aos quatro cantos do mundo como uma boa fofoca já produziu muita violência entre os seres humanos na medida em que despertou no íntimo de cada ser humano um inimigo oculto, aquele que está e sempre esteve lá no inconsciente humano, à espera de um motivo para se fazer presente em qualquer um e se poder descarregar a raiva dele nele. Um inimigo oculto que é senão o outro, este outro que se deseja tanto falar mal dele e, por que não, ver ser violentado ou se violentar mesmo em praça pública dizendo que realmente não prestava, nunca prestou, sempre se desconfiou dele, de que era o mal encarnado de gente, só não se tinha motivos para odiá-lo tanto como naquele momento, hoje, que a infâmia contra ele se propaga a tal ponto que qualquer violência a ele é se torna legítima e é legitimada, inclusive pela própria justiça que não faz nada para salvar a vida do outro com os policiais militares a serviço do Estado que vê no outro não menos também o seu inimigo oculto, o inimigo oculto do Estado que ele sempre desperta com o seu racismo a lembrar Foucault. E tudo isto por causa de uma fofoca, de um falar mal do outro, sempre se falar mal dele, sempre se ver o outro como algo negativo porque é negro, porque é mulher, porque é homossexual, porque é pobre, porque é de outra região, de outro país, por falar outra língua, ter outro pensamento, ter outra forma de viver a vida, se vestir, comer, foder, olhar para o mundo diferente, sobretudo, por que não é aquele que fala dele e em sua fala pensa que tem a verdade sobre ele e a verdade em seu sentido mais absoluto, e mais etnocêntrico, a fala que diz que não é mentira aquilo que ela fala, pois o que os outros falam é que é mentira, fake news, por não ser ele que está falando.

Fala-se há muito tempo mal dos outros em fofocas e ainda se vai ouvir muito falar mal dos outros, ademais, porque não se pode fazer outra coisa em relação ao outro senão falar mal dele, por não se compreender bem o que ele é, por não se poder identificar e dar um significado para o que ele é de antemão e, senão por isto, ser o outro temido. Teme-se o outro por não se conhecer o que ele é e, sobretudo, ser aquilo que nunca vamos conhecer de antemão, antecipando em nossa busca de verdade o que ele é, de modo que é melhor, para muitos, neste caso, não pensar muito no que é outro e simplesmente propagar o que se diz dele, falar o mínimo possível sobre ele e o máximo possível mal dele, pois considera-se que é melhor falar mal do outro de modo breve do que perder tempo querendo conhecê-lo melhor. Produzir então mensagens curtas, estocadas rápidas, que o identifique o mais brevemente possível como algo que é, deve ser e é assim que deve ser visto, para que discutir?

Para que discutir com o outro? Debater com ele? Sobre ele? Na presença dele? Olhando cara a cara nos olhos dele, no rosto dele, vendo ali na sua frente aquilo mesmo que se teme, que se diz que é o mal, o seu mal mais íntimo carregado no peito? Quem quer ver o mal na sua frente? Quem quer ver aquele que pode lhe destruir num piscar de olhos e fazer você desejá-lo, fazer você desejar o outro e não se tornar inimigo dele, mas amigo, amante, amor dele? Mudar de pensamento em relação a ele e, em vez de falar mal, falar bem dele, ver que o outro não é tão perigoso como se imagina? Mudar de posição com ele e se ver agora como mal, o grande vilão da história com a propagação de notícias falsas sobre o outro e se sentir culpado por conta disso? Se se quiser ter alguma consciência obviamente em relação ao outro.

Em tempos de Whatsapp não são apenas notícias ruins que se propagam em fofocas de áudios, mensagens e imagens de todo tipo de fake news disseminadas a bots de distância pagas por milhões de pessoas que têm o prazer de coçar a língua e fazer dela ferina. O que se propaga cada vez mais é o outro e, como tal, de modo negativo, visto como o mal porque mal visto desde o momento que se começa a falar dele tentando dar um significado para ele, identificá-lo de algum modo, dizer a verdade sobre o que ele é e que por não se poder dizer o que ele é se diz sempre algo negativo em relação a si. Pois não se busca o outro ao se falar dele, não se busca perceber sua diferença e, mais ainda, suas diferenças, em sua fala, seus gestos, seus traços, sua cútis, sua língua, sua nacionalidade, sua sexualidade a flor da pele, seu gênero, sua divindade. Pelo contrário, por um jogo de contrários se busca vê antecipadamente a partir de um preconceito em relação ao outro e suas diferenças que que ele é negativo, que a diferença do que ele é em sua raça, etnia, gênero, sexualidade, religiosidade, nacionalidade e tudo que é enquanto outro, enquanto diferente, é negativo porque é uma negação de si em seu íntimo mais profundo como ser, o seu eu, o seu ego egoísta, super ego.

É sempre um preconceito que motiva o falar do outro e mal sobre ele e este preconceito é ainda maior quanto maior é o esclarecimento que se pretende ter do outro tendo um conhecimento absoluto dele, encerrando ele em sua fala considerando que é absolutamente verdade o que se está falando do outro, que não é mentira como se diz frequentemente quando se fala mal do outro. Mesmo que seja mentira, pois não importa a mentira mesma, já que ela está ali no bojo de toda verdade, a contrapelo dela, na verdade, de modo absoluto, quando o desejo é se ouvir falar do outro e mal dele e não deixar que ele fale, pois não pode falar, deve calar, deve-se calar aquilo sobre o que não se pode falar, deve-se calar o outro. Pois o que se deseja ao se falar do outro é senão o mal do outro porque visto como mal, mal visto e mal compreendido em sua diferença da qual não se pode falar e, por isso, não se quer perto porque é negro, homossexual, mulher, feminista, de outra religião, nacionalidade, outra língua e manda-se para Cuba, para Venezuela, ou para China estes países utópicos do outro tão comum hoje em dia, dos comunistas.

O outro sempre foi mal visto, mas não tanto quanto hoje em que se reduz ele a um ponto de vista, a uma perspectiva, pois o ponto de vista e a perspectiva são o último reduto do outro na consciência individual quando ela abandona sua pretensão de ter um conhecimento absoluto do outro, do diferente e passa a vê-lo como um fenômeno. Todavia, não como um fenômeno científico que acontece exterior à consciência e, sim, interior a ela, em seu íntimo, quando o outro é interiorizado nela e expresso por ela de um modo ainda pior do que fora antes. Pois se a tentativa de se conhecer o outro de modo absoluto ainda possibilitava um maior conhecimento do outro em suas diferenças ainda que reduzido a uma representação do que é, ainda que reduzido a uma verdade absoluta sobre si por fim, no final da história, com a fenomenologia não se tem nenhuma pretensão de se conhecer mais o outro e, sim, menos, ter apenas um e único ponto de vista e perspectiva dele em um certo sentido e, partir disso, se dizer o que ele é em sua totalidade que é mais mal vista do que antes porque nem mesmo se busca conhecer o outro, apenas uma diferença nele disseminando o que se pensa sobre ele a partir disso nas redes sociais da vida.

Se o outro sempre foi mal visto na história nunca na história ele foi tão mal visto como atualmente em que a consciência reduz o outro a um ponto de vista fenomênico no qual basta ressaltar uma diferença para que ele seja compreendido em sua totalidade como tal, identificado em sua presença, presente na realidade a partir deste ponto de vista, numa opinião verdadeira sobre quem fala dele na qual nem mesmo A História há muito tempo escrita sobre o outro é mais importante, pois é fake news, já que não é dita pelo sujeito que está falando em autoridade militar e que detém a verdade quando diz "na minha opinião" e a dissemina nos bots da vida que são as redes sociais atualmente em que a fala sobre o outro e principalmente mal sobre ele se repete constantemente e todo o mal que é falar mal dos outros é invertido sob o lema do "fale mal, mas fala de mim", mesmo que que fala deste modo seja mau, o mais mau caráter da história recente, um homofóbico, racista, machista, o fascista, pois não importa o que o outro diz apenas o que se diz dele em sua consciência como algo mal para o fascista.

Não tem nenhuma importância, neste sentido, para o fascista machista, homofóbico e racista falarem mal dele, pois é isto que ele deseja, falar mal dos outros e falarem mal dele faz parte do jogo dos contrários que é sempre o da violência ao outro que ele deseja jogar, diverte-se em jogar no qual ganha sempre quem for mais violento com o outro e quanto mais violento se for com ele, mais justificativa ele tem para ser quem ele é, propagar a verdade do seu ponto de vista, que é a da violência ao outro em tudo que ele é de diferente a si. Não por menos o fascista é o mais mau caráter da história recente porque ele sempre vira o jogo ao seu favor se fazendo de vítima da e na história ao mesmo tempo que vitimiza na realidade todos os outros na história com sua violência. É o fofoqueiro mentiroso que se vitimiza ao ser pego falando mentiras e diz que não sabia que não era mentira apenas falou o que todo mundo estava falando ao mesmo tempo que fez mal e continua fazendo mal com suas mentiras quando não está na presença do outro, pois é um covarde e teme o outro como o diabo na cruz, quando ele, o diabo, vai ser obrigado a dizer a verdade, somente a verdade e nada mais do que a verdade salvará sua vida no julgamento final que é quando senão não se julga mais o outro e é a si mesmo que é julgado, não por sua consciência, mas pela consciência do outro em sua divindade, isto é, como algo bom e não mal, que nunca mal, apenas aparece como mal à consciência de quem pretende ter a verdade absoluta sobre ele e, pior ainda, a partir de um ponto de vista como se o outro, divino, deseja a violência de si mesmo.

Há 50 anos atrás, em 1968, Deleuze e Derrida e tantos outros filósofos começaram a pensar o outro de modo diferente não o vendo como negativo, como o mal, não vendo mal o outro, mas querendo olhar para ele, perceber cada vez mais o que ele é, mesmo que nunca se veja totalmente ele. Há 50 anos, a diferença do outro começou a ser bem vista, mas foi pouco tempo para que o outro visto como tão mal pelo fascismo e pelas ditaduras na América Latina viesse a ser bom aos olhos de quem vê a diferença dele como mal, o pior dos males, o anticristo o qual deve ser pregado na cruz, mas que não pode ser visto pregado na cruz como Cristo, porque este é o único bandido bom que ninguém quer ver morto em sua consciência como cidadão de bem. Pois os outros, diferentes, índios, negros, mulheres, feministas, travestis, de outra religião, outro país, nação, língua podem ser mortos para aquele que tem sua consciência disciplinada para a violência e a opressão e só permite que Cristo seja salvo, e só porque era o filho de deus e quem não é por ele é contra ele, um anticristo que deve ser torturado, violentado e pregado na cruz segundo a consciência do cidadão de bem em sua religiosidade, pai de família, que quer defender sua família tradicional dos outros, não importa quem sejam, pois são outros, diferentes e sempre mal vistos aos seus olhos benevolente de bom cristão.

Foi pouco tempo, pois, para que se apagar da memória o fascínio do fascismo e da ditadura da mente do cidadão de bem que vê na violência algo bom e mesmo se demonstrando que na medida em que se radicaliza o outro tão fortemente como mal, o mal prevalece de modo inimaginável na história como aconteceu nas guerras, nos regimes totalitários e ditatoriais. Um mal em relação ao outro sobre o qual ninguém, todavia, fala em fofocas nos ônibus e esquinas, nem se falará em áudios e se mostrará em textos e imagens de Whatsapp, que nenhum empresário pagará milhões para propagar, porque é um mal horrendo, o mal da história, o mal verdadeiro e não o da fake news e de uma fake news, pois é o mal da crueldade da tortura, do estupro, da opressão, da morte de milhões de pessoas simplesmente porque eram outras, diferentes. Este mal em relação ao outro em sua diferença do ponto de vista dA História nunca será propagado em correntes de famílias tradicionais dos cidadãos de bem pago por empresários, pois é o mal que traz a violência ao outro aos olhos em sua forma mais cruel possível e que não se pode ver sem se compadecer dele como de Cristo na cruz e perceber o quanto de mal se pode fazer ao outro por tão pouco se saber sobre ele, o que ele quer dizer, mas não pode porque é silenciado a todo tempo porque quem quer calar a verdade do outro, a que ele diz.

Por falar nele, você não sabe o que eu ou-vi no Whatsapp... Tudo que se diz sobre o outro em fofocas cada vez mais propagada nas redes sociais é mentira, pois não se sabe o que outro de fato está falando, não se ouviu ele falar, nunca se ouvirá, pois calar o outro por ser diferente sempre foi o objetivo da história escrita pelos cidadãos de bem, que pensam sempre estarem falando bem dos outros quando falam mal deles, que pensam sempre que é verdade o que estão falando quando tem apenas o outro em vista, no seu ponto de vista, na sua perspectiva, na sua opinião, e aquilo que é o princípio mais básico da filosofia contra os que se diziam tão sábios em seu tempo e que é a busca da verdade é completamente deixada de lado. A verdade não mais importa para quem a tem em áudios, textos e imagens de fake news e não por menos se diz que hoje se vive numa pós-verdade, pois a verdade é cada vez mais destruída pelas opiniões de quem quer que seja que diga que têm a verdade e, como nos lembra Foucault, para elas, ter a verdade não é uma questão de saber apenas, um saber pelo saber, mas um saber pelo poder, no caso, pelo poder que a verdade pode trazer, mesmo que, na verdade, a verdade seja uma grande mentira propagada milhões de vezes e paga por milhões para que se acredite nela.

Que Hitler em sua perspectiva fascista tenha inventado isto, que não importa a verdade, apenas a disseminação de algo que se pense que é verdade mesmo sendo uma mentira já demonstra por si só como A História ensina e pode nos ensinar muito a evitar o mal e o pior dos males ao outro, o fascismo, aquele que destrói toda a história e a recria do seu ponto de vista para que o mal reine na terra sob a sua verdade e o seu poder. Se Hitler e tudo que ele disse e fez e mandou fazer fosse bom, ele não teria sido morto e o fascismo não teria sido vencido na Segunda Guerra, a não ser que se crie uma realidade em que os fascistas venceram a Segunda Guerra como fez Philip K. Dick em O Homem do Castelo Alto, mas nem por isso ele imaginou o fascistas como bons, nem nunca serão vistos como bonspor quem conhece A História que não está no Whatsapp. Talvez até sejam no juízo final ainda por vir que não é a solução final dos fascistas, posto que não é o mal dos outros, nem mesmo deles, o que se deseja com o juízo final do direito humano e divino, mas o bem que se quer, deve-se sempre querer para que a história do fascismo e da ditadura não se repita, nunca mais se repita e ele seja o nosso último inimigo oculto da história, talvez o único que devamos ter em nosso íntimo, em nossa consciência e inconsciência, pois é o mais cruel de todos, o inominável em sua crueldade, sua maldade, a qual deve ser apenas uma triste história em nossa lembrança de sua violência ao outro torturado, estuprado, morto por ser simplesmente outro em sua diferença a nos fazer mal.

Superar o outro em sua diferença na consciência é, neste sentido, não esquecer que o outro pode ser mal, mas não é mal de antemão por qualquer preconceito de uma consciência dele para si mesmo.  Que somente é possível, neste sentido, superar o outro se não se vê-lo mais como mal por um preconceito da consciência que busca sempre ter a verdade sobre ele e, por não conseguir, o considera como negativo, como um mal radical o qual deve ser extirpado da consciência e da realidade. Do contrário, se o outro em sua diferença for sempre visto como mal, nenhuma mudança na história é possível posto que é sempre o ponto de vista do outro como mal de modo absoluto na consciência que se tem em vista. E o outro vai ser qualquer um na história e uma população que se quer oprimir por um determinado ponto de vista nunca visto como vítima, pois não tem direito a qualquer defesa, é indefensável por ser outro, diferente, não ser idêntico a todos, não ser normal como todos aqueles que o veem como outros e que são os mesmos de sempre. São os conservadores de toda moral e bons costumes que não querem que nada mude em seu pensamento familiar que pensa sempre no que é melhor para sua família e pior para os outros. Aqueles que não querem nenhuma mudança a não ser a mudança de todos para o que eles são, os mesmos, sempre os mesmos, de modo familiar em sua etnia, raça, gênero, sexualidade, nacionalidade, língua, os que pensam, sempre pensarão o outro na história como algo mal e ruim e que eles querem ver mortos pelo país acima de tudo e deus acima de todos, uma país e deus violentos sem justiça alguma para defender o outro a não ser a justiça divina de outro lugar, de outro deus que não os seres humanos em seu juízo final que nenhum ser humano conhece nem vai conhecer antes de sua morte, muito menos religiosos que falam em nome dele para mal, sempre para o mal dos outros.

Por falar nele, portanto, no outro, ele sempre prevalecerá na História, sempre prevalece contra toda opressão a si, pois o outro sempre vem com o galo da manhã de outro dia e sempre haverá outro dia, mesmo com todo e qualquer ceticismo, pois nada pode impedir o devir da vida em outra vida como diferente e sempre será diferente do que o fascista e seus fanáticos seguidores querem que seja em nome de deus e da nação. No fim da história, todos os fascistas morrerão e mais esta página triste da história deles com suas fake news será apagada sem qualquer perdão, pois nunca podemos perdoar senão de um ponto de vista puramente individual e divino toda a crueldade dos fascistas e ditadores da vida. O fascista ditador deve ser imperdoável para A História e para a justiça humana para que nunca esqueçamos a crueldade dele como o mais mau caráter da história que ninguém deve se espelhar nele para o bem de todos acima da nação e de deus, pois se todos estiverem bem senão a nação e deus estarão se é para o bem deles que existem e devem sempre existir deste modo, pois a nação e deus devem ser para o bem de todos e não todos para o bem de toda maldade deles, para o bem dos fascistas humanos que se consideram um deus em sua crueldade quando são senão a escória do mundo aquilo que envergonha a todos os humanos.

Contra todos aqueles que valorizam o mito da crueldade como um bem humano e divino, não devemos ou-vir nem querer ou-vir falar do outro em Whatsapp e, sim, ouvi-lo falar, contar sua história, ensinar-nos quem ele é em sua etnia, raça, feminilidade, sexualidade, religiosidade, nacionalidade em sua própria língua e aprendermos, sobretudo, aprendermos com o outro e não com a exclusão pelo preconceito que se dissemina e se dissimula nas redes sociais da vida do pior modo possível. Tenhamos consciência do outro, mas pelo que o outro diz e não o que inconscientemente falamos dele em nossa consciência sem querer saber nada sobre ele e ao mesmo tempo pensar que sabemos tudo sobre ele com nossos preconceitos. Pois, do contrário, não é a vida dos outros que defenderemos desde sua concepção e, sim, a morte, a morte do outro para o bem da nossa vida, que ela continue sempre a mesma, idêntica.

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