Parede branca, papel de néscios...
Um poeta espanhol ao ver poesias pintadas nas paredes de uma cidade latino-americana na época da colonização espanhola, escreveu: "Parede branca, papel de néscios." O que ele quis dizer com estas palavras, parece óbvio num primeiro momento: as paredes são papéis para ignorantes, pois, incapazes de escrever em papéis, rabiscam paredes. Porém, num segundo momento, se percebe que a questão estética, social e política neste dizer poético é muito mais complicada do que parece.
Por muito tempo, tenho vivas as palavras deste poeta e esta história, presentes no livro Literatura e história na América Latina, de Ligia Chiappini, pois desde então elas me servem para analisar esteticamente as pixações nas cidades e escrever sobre esta relação com o que o poeta espanhol disse. Até então eu não tinha motivo específico para isto, mas a recente campanha de guerra contra os pixadores empreendida pelo prefeito de São Paulo, João Dória Júnior me fez relembrar o poeta espanhol e toda a questão estética, social e política naquelas palavras. Sobretudo quando ao falar sobre as pixações Doria disse em entrevista (aqui) que "Pichador não é artista. É agressor.", resumindo bem esta questão.
De início, a questão estética levantada por Doria Júnior de que pixação não é arte. Por que pixação não é arte? Ele, com certeza, tem uma concepção estética para definir o que é e o que não é arte. Ele tem, como publicitário, algum estudo na área de estética para avaliar se o que os pixadores fazem é ou não é arte mesmo não sendo artista, afinal, também publicidade não é arte. (Ou é?) Independente de sua qualificação profissional, ele deve ter tido uma educação estética para saber definir o que é arte e, obviamente, tem, pois fazendo parte da elite econômica e política do país há tanto tempo, com certeza, tem em sua casa obras artísticas compradas por si ou por seus pais, obras que lhe educaram esteticamente, algumas delas que muitas pessoas não podem comprar. Como tal, além das obras de arte que seu dinheiro comprou, ele viajou o mundo, deve ter ido pra Miami como todo brasileiro e cidadão de bem, e viu muitas obras de arte, incluindo grafites, como os dos Gêmeos que deve ter visto mundo afora, mas não em São Paulo, com certeza, pois, neste caso, não é arte.
Doria Júnior, o "grande zelador", como ele quer ser visto, é semelhante, portanto, ao poeta espanhol, o "grande colonizador" que, viajado, homem das letras e abastado economicamente, sabe o que significa a expressão belas-artes tão antiga na estética e tão fora de moda por sinal. Doria Júnior sabe diferenciar tais artes belas daquilo que os pixadores fazem, pois ele é mesmo como "grande zelador", uma pessoa culta, ou seja, uma pessoa que têm cultura. Não somente por ter aprendido na escola ou na universidade que frequentou, mas por ter se tornado culto em sua vivência familiar, pessoal e social pertencente a uma classe social que lhe permitiu todas as benesses da vida sem nenhuma preocupação.
A questão estética, neste sentido, é a de que Doria Júnior assim como o poeta espanhol tem uma verdade do que é arte, e bela arte, que advém de sua cultura social e pessoal própria que não lhe permite analisar qualquer fora desta perspectiva que é a moderna humanista e iluminista hoje decadente. Doria Júnior, apesar de toda sua vivência e estudo, porém, não é um estudioso de estética, pois se fosse saberia que sua ação de pintar de branco ou cinza, ou simplesmente de apagar pixações, coloca a primordial questão estética: se todos aqueles que, por seu gosto pessoal e por poder mandasse destruir as obras que, para si, não são arte, não teríamos simplesmente história da humanidade. Se formos pensar como Doria Júnior, que pixação não é arte, por exemplo, devemos simplesmente apagar qualquer vestígio em paredes de cavernas, como a de Chauvet na França, ou de paredes em lugares abertos como em muitos lugares do nordeste brasileiro com suas pinturas rupestres. Afinal, os dizeres e pinturas não são entendidos por nós como muitas pinturas dos grafiteiros e pixadores e por este motivo são semelhantes, logo devem ser apagadas. Outro motivo que nos levaria a apagar as pinturas rupestres seria o fato de que são muitas vezes desenhos deformados sem nenhuma preocupação estética como muitas pixações. Assim um motivo crucial para destruir todas as pinturas rupestres é porque foram feitas por ignorantes, néscios e não por homens cultos, num espaço próprio para isto, por exemplo, num "grafitódromo", "para que você possa ter um café, comprar uma camiseta, uma reprodução dessa obra".
Seguindo, esta mesma lógica culta, talvez não apenas as pinturas rupestres deveriam ser destruídas, mas também toda as pinturas nas paredes de pirâmides egípcias, pois, afinal, quem entende aquilo? Aquele monte de rabiscos incompreensíveis às pessoas mais cultas do mundo? E aquelas pinturas tortas com pés pro lado e tronco pra frente. E os olhos? Obviamente que alguém culto ou mais culto como Doria Júnior não resolveria apagar e destruir as pinturas rupestres espalhadas pelo mundo, muito menos as egípcias, a não ser o Estado Islâmico que não tem nenhuma intenção de preservar o passado histórico que não esteja previsto na lei, no caso, a lei do Alcorão na interpretação que o Estado Islâmico faz. Sabemos bem, portanto, que, do ponto de vista histórico, somente chega até nós o que alguns poderosos querem que cheguem e se as pinturas rupestres são obras de arte que chegaram até nós não é porque são belas simplesmente, é porque nenhum homem culto com base na lei e na ordem estética de seus livros as destruiu por completo, talvez por estarem escondidas em cavernas desconhecidas até pouco tempo ou paredes inundadas por rios. A história dos homens cultos não perdoa a história dos homens ignorantes e são sempre os cultos que contam a história que figura nos livros e lugares fechados como os museus.
Mas a pixação é uma agressão! Grita Doria Júnior, o grande zelador, como qualquer pessoa de bem que não tolera este tipo de agressão ao patrimônio público e particular. Neste sentido, poderíamos também ter como motivo para destruir as pinturas rupestres o fato de que elas foram pixadas na propriedade público e privada do nosso Senhor Bom Deus, uma pessoa de bem sem sombra de dúvidas como Doria Júnior e tantas outras pessoas de bem que nunca cometeram um delito na vida. Nenhum homem poderia ter feito, portanto, isto, destruir assim a obra divina deixando suas marcas incompreensíveis nela, pois estaria infligindo a lei de Deus como nos lembra o caso da maçã, primeira propriedade usurpada da história cristã, logo quem pixou as paredes é o mais pior dos agressores, o impiedoso, aquele que atenta contra a palavra de Deus.
Questão social, além de estética: Doria Júnior, um grande zelador, pessoa de bem, não tolera que pixe o muro da sua casa ou o patrimônio público. Isto é, ele não tolera que pixem qualquer propriedade e coloca para si como "questão de honra limpá-la". Primeiro, Doria não é zelador, nem nunca vai ser, pois sua condição social não permite isto nem a seus filhos por longas gerações, mas a fantasia de que é um zelador, faz bem para o ego dos zeladores que, sem orgulho nenhum pela profissão, nem talvez escolaridade as coisas das letras como os poetas latino-americanos que escreviam nos muros, se sentem valorizados por Doria se fantasiar de zelador pelo menos por alguns dias. Doria Júnior não conhece, deste modo, apenas as belas-artes, mas também a arte do espetáculo que tem como princípio agradar a todos e, principalmente, os mais pobres fazendo-os se reconhecerem como pobres, porém, limpinhos, isto é, como zeladores de sujeiras em suas casas, nas ruas e na moral e bons costumes.
Nenhuma pessoa de bem pode tolerar este tipo de destruição, diz Doria Júnior, nem mesmo um zelador, pois isto é crime e a ação do prefeito como em muitas outras circunstâncias é retirar este criminoso, marginalizado, pobre, do meio da rua, criando um espaço para que eles se expressem livremente em nome do Senhor Bom Deus como pessoas de bem. Em outras palavras, fazer com que sua expressão seja então artística na medida em que ocupe um lugar específico para isto, tipo um museu, ou ainda, um ateliê de mercado, onde possam ser apreciadas e compradas. Não por pobres zeladores, obviamente, como os que Doria Júnior tanto fantasia em sua mente, pois estes pobres zeladores dificilmente frequentam museus, apenas televisões abertas, e dificilmente teriam dinheiro para comprar, por exemplo, uma obra dos Gêmeos que Doria Júnior parece valorizar. Ou seja, apenas o Grande Zelador Doria Júnior poderia comprar estas "obras de arte" que são somente obras de arte por se restringirem a uma elite econômica e política, por estarem num lugar fechado, em paredes que não são suas, mas são dadas a si de boa fé por algum mecenas público ou privado, assim como os pobres poetas latino-americanos não poderiam comprar os livros que o poeta espanhol tanto apreciasse ou folhas de papel para escreverem.
Doria Júnior não quer destruir a arte, diz ele, mas valorizá-la num museu ou num ateliê artístico, transformar os criminosos em pessoas de bem com a sua humanidade cristã, a mesma que destruiu grande parte da história indígena da América Latina e preservou somente o que lhe convinha para suas pregações. Para Doria Júnior, o problema das pixações é social e econômico e por isso quer melhorar a vida social e econômica dos pixadores tirando-os das ruas e levando-os para lugares reservados para si. Obviamente, somente aqueles que passem na avaliação estética de Doria Júnior, afinal, não há grafitódromo para todos e a cidade não pode ser um museu, isto é um lugar com arte para todos os lados. Lembremos, porém, dos zeladores que não são grandes e nenhuma imprensa se interessa por fotografá-los em seu cotidiano comum, e não apenas eles, mas muitas pessoas como eles, pobres ou não, que não consomem a arte bela e culta que Doria Júnior tanto admira por estar num museu ou ateliê artístico. Nenhum deles mais veria uma pixação e nenhum grafite e a cidade seria linda branca ou cinza, mas também não teriam nenhuma apreciação estética nos muros enquanto vão para o trabalho em um ônibus lotado tendo como única visão possível o vidro da frente enquanto é empurrado, esmagado e assediado por trás. Estes zeladores que Doria Júnior tanto fantasia na sua mente empresarial caridosa e muitos iguais a eles não têm tempo ou dinheiro para apreciar a arte a não ser na rua, a caminho do trabalho, e os quadros de Romero Britto são para si apenas quebra-cabeças que eles, talvez, deem aos filhos. Ao retirar pixações e grafites, porém, Doria Júnior dá o que eles merecem segundo muitos: um muro branco ou cinza de lamentações para sua triste vida de trabalhador que vagueia de um ponto a outro da cidade mais cinzenta do Brasil. Nada deve fazer do olhar do trabalhador feliz ou mesmo angustiá-lo com formas que lhe obriguem a pensar, pois todo o seu esforço deve estar voltado para o trabalho físico e mental, além de disposto a comprar estimulado cada vez mais por propagandas que, mesmo não sendo artes, mas poluição visual em muitos casos, combinam bem com o cinza de São Paulo produzidos por seus carros e prédios íngremes prometendo o céu que é, se sabe, somente para quem pode pagar o dízimo.
As pixações e grafites se são agressões à propriedade como diz Doria Júnior e muitos pensam como ele, são a única forma de expressão e apreciação estética de uma classe social que o prefeito não conhece e nunca vai conhecer mesmo que coma coxinhas todo dia em seu menu. É a expressão de uma classe social para a qual o dinheiro, apesar de importante, não é a expressão das suas vidas, apenas do que falta social e economicamente nelas. Além do dinheiro, existe a necessidade estética humana que advém mesmo daqueles que são ignorantes em relação aos cultos, homens pré-históricos que, sem uma linguagem articulada, criam arte com que o possuem às mãos e não se importam se isto vai lhes dar dinheiro ou reconhecimento. São artistas, enfim, que fazem arte por uma necessidade que não é econômica, apesar de obviamente precisarem de dinheiro para sobreviver. São artistas de rua para pessoas nas ruas que, como eles, não têm dinheiro para frequentar museus, mas nem por isso deixam de lado a arte ou querem transformá-las em mercadorias ou coisas úteis aos olhos de todos, apenas inúteis como toda arte é essência, pois qualquer estudioso da estética que não Doria sabe que o valor da arte não é econômico, é humano, social e político.
Doria Júnior, o grande zelador culto da arte, com certeza conhece A fonte, de Marcel Duchamp, obra que talvez admire como bela arte hoje em dia, por estar num museu, mas que teria recusado como um dos jurados que a recusaram quando Duchamp a enviou ao Salão da Sociedade Novaiorquina de artistas independentes, Estados Unidos, que ele deve conhecer bem também. Mais ainda, talvez deva conhecer o pobre negro afro-americano de descendência porto-riquenha e haitiana, pixador, grafiteiro, drogado e artista plástico Jean-Michel Basquiat, que abandonou a escola e viveu de sua arte a vida toda, no começo, destruindo o patrimônio público e privado em Manhattan, que Doria Júnior também deve conhecer bem e eu apenas conheço da música Manhatã, de Caetano Veloso, infelizmente ou não. Pois bem, o que seria da arte e do designe atual, se simplesmente o ready-made de Duchamp não fosse aceito e, como tal, destruído por que não é arte, é uma agressão a todos as pessoas de bem, cultas que sabem o que é arte e uma privada não pode ser arte?! Com certeza, os museus seriam mais lindos sem toda a arte contemporânea que pobres mortais não entendem porque diabo aquilo é arte, mas é arte hoje segundo os cultos intelectuais e a uma elite econômica política que as pode comprar por milhares de dólares sem ter uso algum, mas é um bom negócio.
Por outro lado, é aconselhável que Doria Júnior não visite a exposição do pixador e grafiteiro Basquiat em São Paulo, pois verá coisas horríveis lá e é importante que Doria não vá visitar esta exposição, pois será uma perda incrível para a história da arte mundial se ele quiser "pintá-las" de cinza e branco em nome da honra e da ordem. Mas sabemos, felizmente, como políticos sabem se mostrar amáveis a qualquer coisa para garantir seu voto e passar uma boa imagem pública, lembremos Hitler nas Olimpíadas e tantos outros. Nenhum político quer fazer feio diante de seus convidados, e Doria Júnior não fugirá à regra, mesmo que tenha que ir contra a honra de limpar, por exemplo, de imagens como as de Basquia.
Por Doria Júnior e pelas pessoas de bem, Basquiat deveria ter sido preso quando começou a escrever nas paredes "SAMO" ("sempre a mesma merda"), uma agressão não simplesmente por estar pixado as paredes, mas pelo que escreve, pois pessoas de bem não podem aceitar serem consideradas "merdas" como os outros, muito menos como alguém como Basquiat antes da TV, da fama, do espetáculo, de Andy Wahrol... Logo, Basquiat não seria possível numa cidade como São Paulo, pois Doria não permitiria. Primeiro, prenderia por agressão, segundo, como drogado, talvez o internasse como um louco, terceiro, e, por fim, não saberíamos que Basquiat existe, pois suas pixações e grafites simplesmente não existiriam, teriam sido apagados da história em nome da honra das pessoas de bem como Doria Júnior, o Grande Zelador de São Paulo.
Por fim, a questão é política e a única de fato que está em questão no caso das pixações que são simplesmente para Doria Júnior agressões à propriedade como base da economia privada e do poder público. Doria Júnior como disse em campanha é antipolítico e, de fato, ele não é político no sentido lato da palavra. Qualquer político sabe o poder do diálogo mesmo que finja sempre dialogar. Qualquer político sabe que, para dialogar, é preciso ouvir outras pessoas e não apenas dar atenção ao seu gosto pessoal. Doria Júnior aprecia apenas aquilo que sua educação e honra lhe dizem para apreciar e não é um prefeito legítimo, mas um empresário e suas ações demonstram claramente que a questão para ele não é de conversa, mas de obedecer ordens.
Contudo, com bom empresário, ele sabe que é nas conversas de gabinete público que se faz a ordem e o progresso do Brasil à revelia da desordem e regresso para as classes mais pobres. Sua ação contra os pixadores não é política no sentido da ética que comanda toda ação política e que valoriza sempre o outro, mas é política como ação que visa obter algum benefício para si, para sua classe social ou partido político. Mas Doria Júnior não difere dos pixadores, pois usa o patrimônio público e privado para o seu próprio benefício político, e destrói a propriedade dos outros para demonstrar seu poder, no caso, a propriedade dos pixadores e grafiteiros. É uma questão de poder que envolve a ação de pixadores e grafiteiros e a ação de Doria Júnior que, como disse um pixador, só estimula os primeiros a mostrarem cada vez mais do que são capazes. Doria Júnior já mandou até mesmo colocar a polícia de prontidão contra os pixadores e grafiteiros por conta talvez disto, inclusive em prontidão em sua cada para sua própria defesa, ou seja, usando o aparelhamento público para seu próprio benefício. Se Doria Júnior não difere dos pixadores e grafiteiros no que diz respeito à agressão à propriedade pública ou privada é porque os pixadores e grafiteiros agridem de um lado no único poder que latas de tinta lhe conferem, o poder da arte, e do outro lado, Doria Júnior retruca com sua agressão baseada no poder da lei criminal que não quer saber de estética, apenas de punir com violência aqueles que são contra ela, e, para isto, há todo o aparelho de Estado sedentário que Doria Júnior sabe muito bem utilizar contra as máquinas de guerra nômade dos pixadores e grafiteiros, o que faz dele, de certo, um Grande Zelador, não um grande político.
A questão de poder político entre Doria Júnior e os pixadores e grafiteiros é para saber quem manda nos muros da cidade, quem é dono dela, e lança, por fim, uma última questão que resume todas as colocadas aqui: Quem é o proprietário das pixações e grafites pintados nas paredes? E quem pode destruí-los? Questão estética, social e política em saber se aquele que detém a propriedade privada ou pública pode destruir alguma coisa que foi feita por outrem nela. Segundo a lei, a propriedade privada deve ser mantida e preservada, mas isto inclui a propriedade privada dos pixadores e grafiteiros? Lei de Chicó, do Auto da compadecida: pode retirar uma lasca do corpo, mas sem derramar uma gota de sangue! Podem pintar os muros, mas sem apagar nenhuma pixação ou grafites, pois isto não estava previsto no contrato.
A lei de Chicó é melhor do que a lei de Doria Júnior, pois artistas criam mesmo quando destroem o que é belo, culto e honroso para muitos, enquanto políticos, em nome do belo, culto e honroso, somente sabem destruir segundo o ideal do poeta espanhol para quem as paredes deveriam ficar brancas em vez de servirem de papel para néscios. Contudo, paredes e papeis somente são brancos para quem é incapaz de criar, pois quem é capaz de criar, cria em qualquer lugar em qualquer circunstância, até mesmo em paredes, algo que toda criança aprende muito cedo e os pixadores e grafiteiros não desaprenderam. E que nos fazem senão pensar, o objetivo da arte desde sempre, mesmo que não consigamos entender o que ela, muitas vezes, quer dizer.
P.S. Por fim, para aqueles que se sentiram ofendidos em sua honra ao ler este texto até o fim com as palavras pixação, pixador e pixar escritas de modo errado, pois segundo a norma culta e literária se escreve pichação, pichador e pichar, apenas um advertência: isto é a arte de pixar palavras!
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