A desculpa da terceirização
Terceirizar é a palavra de ordem na economia atualmente, mas já há algum tempo. O objetivo para muitos é melhorar o serviço, proporcionar uma maior concorrência entre as empresas e estimular o surgimento delas. Até que acontecem os problemas e a terceirização de desculpa para melhorar a economia se torna justamente aquilo que ela é se sempre foi, uma forma da economia continua muito bem, obrigado, enquanto os consumidores não vão nada bem com a terceirização dos serviços que proporciona.
Quem já teve algum problema com um serviço com certeza já ouviu a desculpa de que "os serviços são terceirizados". A face da terceirização mostra nesta proposição tudo aquilo que ela já mostrava há muito tempo quando empresas públicas foram colocadas em leilão para satisfazer o anseio de privatização do serviço público e dos governos que se diziam comprometidos com uma maior qualidade dos serviços prestados quando, na verdade, queriam satisfazer o desejo capitalista de dominar todo e qualquer área produtiva e de consumo. Não por acaso as empresas que mais recebem reclamações são as de telefonia amplamente privatizadas há algum tempo no país. A terceirização é a prima pobre da privatização.
A recente tentativa das empresas e de alguns políticos em tentar passar de legalizar os serviços prestados por empresas terceirizadas também tinha como objetivo o mesmo da época da privatização das empresas estatais, com uma diferença, pois agora não são empresas querendo ampliar sua produção em áreas extremamente lucrativas, como a de telefonia, mas fazer o mesmo que os governos fizeram com elas: livrar-se de problemas em setores que não dão nenhum lucro ou que são exclusivamente para atender o público insatisfeito com a péssima prestação de serviço delas. Não por acaso novamente os setores mais abundantes e mais improdutivos nas empresas são os call centers, lugares onde se empregam milhões de pessoas para apenas "darem desculpas", mas não para "pedirem desculpas" ou para "se desculparem" de fato.
A desculpa da terceirização tem assim uma mão única: a das empresas em sua tentativa de lucrarem não prestando serviços que atendam a uma melhor qualidade na prestação de serviços ou em seus produtos. Livrando-se do problema de ter de agradar o cliente, vive-se atualmente o capitalismo mais mordaz e lucrativo de todos, aquele que se beneficia da boa vontade do cliente na hora de comprar os produtos, mas não lhe dá nenhuma garantia de que aquele produto é o melhor para ele, a não ser, obviamente que o cliente pague mais por uma garantia que é a da própria ineficiência da empresa em oferecer um produto de qualidade. O que, desde modo, o capitalismo fecha perfeitamente o ciclo de obsolescência que ele criara há pelo menos 60 anos quando a qualidade dos produtos deixou de ser o mais importante e a má qualidade passou a ser o setor produtivo mais lucrativo do capitalismo não porque ele vende mais, mas porque ele ganha mais sem ter que fazer nada para satisfazer o cliente.
O Made in China, que já foi sinônimo num período imperial de excelência em qualidade em cerâmica e muitos outros produtos, mas que se tornou sinônimo no capitalismo de produtos que não têm qualidade, agora é a demonstração explícita do capitalismo mais atual que se vive hoje em dia, principalmente em países de terceiro mundo no qual as leis servem sempre para beneficiar as empresas e os políticos em sua promessa de futuro melhor que, se sabe, nunca será melhor, pelo menos para os sábios consumidores e eleitores, como se pode perceber com a terceirização dos serviços. Ainda pior quando a terceirização além de desculpas produzem tragédias que ocupam espaço não apenas na mídia, mas também nas mentes de todos como em Mariana, Minas Gerais, quando a ganância de empresas privadas constrói e destrói coisas belas.
Quem já teve algum problema com um serviço com certeza já ouviu a desculpa de que "os serviços são terceirizados". A face da terceirização mostra nesta proposição tudo aquilo que ela já mostrava há muito tempo quando empresas públicas foram colocadas em leilão para satisfazer o anseio de privatização do serviço público e dos governos que se diziam comprometidos com uma maior qualidade dos serviços prestados quando, na verdade, queriam satisfazer o desejo capitalista de dominar todo e qualquer área produtiva e de consumo. Não por acaso as empresas que mais recebem reclamações são as de telefonia amplamente privatizadas há algum tempo no país. A terceirização é a prima pobre da privatização.
A recente tentativa das empresas e de alguns políticos em tentar passar de legalizar os serviços prestados por empresas terceirizadas também tinha como objetivo o mesmo da época da privatização das empresas estatais, com uma diferença, pois agora não são empresas querendo ampliar sua produção em áreas extremamente lucrativas, como a de telefonia, mas fazer o mesmo que os governos fizeram com elas: livrar-se de problemas em setores que não dão nenhum lucro ou que são exclusivamente para atender o público insatisfeito com a péssima prestação de serviço delas. Não por acaso novamente os setores mais abundantes e mais improdutivos nas empresas são os call centers, lugares onde se empregam milhões de pessoas para apenas "darem desculpas", mas não para "pedirem desculpas" ou para "se desculparem" de fato.
A desculpa da terceirização tem assim uma mão única: a das empresas em sua tentativa de lucrarem não prestando serviços que atendam a uma melhor qualidade na prestação de serviços ou em seus produtos. Livrando-se do problema de ter de agradar o cliente, vive-se atualmente o capitalismo mais mordaz e lucrativo de todos, aquele que se beneficia da boa vontade do cliente na hora de comprar os produtos, mas não lhe dá nenhuma garantia de que aquele produto é o melhor para ele, a não ser, obviamente que o cliente pague mais por uma garantia que é a da própria ineficiência da empresa em oferecer um produto de qualidade. O que, desde modo, o capitalismo fecha perfeitamente o ciclo de obsolescência que ele criara há pelo menos 60 anos quando a qualidade dos produtos deixou de ser o mais importante e a má qualidade passou a ser o setor produtivo mais lucrativo do capitalismo não porque ele vende mais, mas porque ele ganha mais sem ter que fazer nada para satisfazer o cliente.
O Made in China, que já foi sinônimo num período imperial de excelência em qualidade em cerâmica e muitos outros produtos, mas que se tornou sinônimo no capitalismo de produtos que não têm qualidade, agora é a demonstração explícita do capitalismo mais atual que se vive hoje em dia, principalmente em países de terceiro mundo no qual as leis servem sempre para beneficiar as empresas e os políticos em sua promessa de futuro melhor que, se sabe, nunca será melhor, pelo menos para os sábios consumidores e eleitores, como se pode perceber com a terceirização dos serviços. Ainda pior quando a terceirização além de desculpas produzem tragédias que ocupam espaço não apenas na mídia, mas também nas mentes de todos como em Mariana, Minas Gerais, quando a ganância de empresas privadas constrói e destrói coisas belas.
Nenhum comentário: