Um fantasma ronda a Europa...
A Europa e o mundo que tanto fecharam os olhos para as atrocidades do Estado Islâmico, agora são obrigados a abrirem os olhos lacrimejantes com os rostos espantados ao verem os sÃrios acorrerem à suas fronteiras e não serem acolhidos em sua ampla contemplação. O Estado Islâmico que tanto decapitou pessoas na SÃria e em outros paÃses, agora, decapita o próprio continente europeu e o mundo no que lhe resta de humanidade.
A crise na SÃria há tempos é mundial, mas o mundo não lhe dava importância. Como uma dor que aparece aqui e ali, mas não impede de seguir a vida, o Estado Islâmico segue sua jornada mundo a dentro espalhando a dor por toda a parte do mundo. Incapaz de curar a dor cirurgicamente como medo de enfrentar a ciência que ele mesmo construiu, o mundo europeu busca paliativos em ervas medicinais tentando conter a dor que já não pode ser mais contida. Qualquer semelhança com o câncer não seria mera coincidência neste caso, pois a degeneração produzida pelo Estado Islâmico em todas as partes do mundo segue silenciosamente passando pelas fronteiras sem nenhuma necessidade de passaporte.
O projeto humanista europeu cuja última expressão foi a constituição da União Europeia rui ante a cruzada do Estado Islâmico que põe sua fé acima da fé europeia em si mesma e no "homem" cristão, a partir do qual ela se definiu, a despeito de ser uma "mulher" em sua origem. Um homem que, defronte de si mesmo, se interroga até que ponto ele pode abdicar de si mesmo em relação ao outro, até que ponto ele deve deixar de lado o "egoÃsmo" que fez surgir seu sistema capitalista de forma "harmoniosa" e até que ponto ele é "cristão" ao construir fronteiras em torno de si e deixar morrer à praia milhões de pessoas em vez de ser altruÃsta e acolher o outro em si mesmo, apesar de toda diferença, fazendo que Deus entrei em sua morada e ele seja salvo por sua fé mais do que por sua riqueza e capacidade de se defender.
Se a Europa quer defender sua cultura anglo-saxônica cristã, sua incapacidade de extirpar a dor pela que o Estado Islâmico lhe produz ao lhe tirar a fé em si mesma e sua incapacidade de acolher não são nenhuma das duas a melhor forma de demonstrar isto, pois ambas demonstram sua fraqueza em se defender e acolher os sem defesa. E se ela pensa que, ao fazer isto, está evitando que terroristas cruzem suas fronteiras, engana-se ao pensar que terroristas pedem passagem ou passaporte, pois tudo que eles precisam é de indignação. O que, neste ponto, a Europa está certa em temer entre os imigrantes potenciais terroristas, pois aqueles que acorrem à suas fronteiras e não são acolhidos guardarão para si uma eterna mágoa deste momento, como muitos outros guardam por outras batalhas, e provavelmente nada aplacará esta mágoa a não ser o ódio e a vingança promovida por pessoas que os saiba canalizar como tem sido o Estado Islâmico, com soube Hitler, como sabem muitos polÃticos europeus que não querem resolver a situação, mas a usam habilmente para obterem vantagens polÃticas e neofascistas como Hitler e Mussolini souberam obter no momento mais crÃtico da Europa que ela parece ter esquecido, ou quer esquecer em nome mais uma vez de sua supremacia branca cristã impondo a sua "civilização" contra os "bárbaros" que a invadem a todo instante neste momento.
Um fantasma ronda a Europa novamente e sempre a rondará em sua paranoia constante desde Hamlet, contudo, desta vez, é o fantasma de si mesma, de seu ideal humano, morto diante de si mesma, esperando que seu corpo ressuscite. Mas o corpo de Europa não pode mais ressuscitar, pois ele não crê mais em sua humanidade. Ele está prostrado em seu leito de morte com as mãos sobre si na calma suave de uma vida em paz em outro mundo, uma paz perpétua, pois neste já não é mais possÃvel. A Europa que tanto lutou para libertar a si mesma, de tudo aquilo que a aprisionava não consegue libertar-se de si mesma, de seus próprios fantasmas, e o que lhe resta é padecer sob a força do Estado Islâmico que empurra para ela sua horda de selvagens, os bons selvagens de Rousseau que somente querem viver em harmonia, para morrerem na guerra de todos contra todos que os Europeus criaram e o Estado Islâmico recria, que Hobbes pensara ser o inÃcio de toda e qualquer civilização, mas que é, na verdade, o fim dela tal como assistimos hoje acontecer na Europa, mas em vários outros lugares, nus, com olhos de contemplação, inca, maia, pigmeu, perdidos para a tribo, ao entrarmos no templo da paixão e sofrermos, em tristeza, com o que nos afeta, sem reação, à espera que paixões alegres nos deem força para continuarmos como os imigrantes procurando algum alento para nossa longa jornada Europa adentro sem ilusão que ela termine, pelo menos por enquanto, pois são muitos os muros que a Europa coloca entorno de si afastando tudo aquilo que não é civilizado como ela.
A crise na SÃria há tempos é mundial, mas o mundo não lhe dava importância. Como uma dor que aparece aqui e ali, mas não impede de seguir a vida, o Estado Islâmico segue sua jornada mundo a dentro espalhando a dor por toda a parte do mundo. Incapaz de curar a dor cirurgicamente como medo de enfrentar a ciência que ele mesmo construiu, o mundo europeu busca paliativos em ervas medicinais tentando conter a dor que já não pode ser mais contida. Qualquer semelhança com o câncer não seria mera coincidência neste caso, pois a degeneração produzida pelo Estado Islâmico em todas as partes do mundo segue silenciosamente passando pelas fronteiras sem nenhuma necessidade de passaporte.
O projeto humanista europeu cuja última expressão foi a constituição da União Europeia rui ante a cruzada do Estado Islâmico que põe sua fé acima da fé europeia em si mesma e no "homem" cristão, a partir do qual ela se definiu, a despeito de ser uma "mulher" em sua origem. Um homem que, defronte de si mesmo, se interroga até que ponto ele pode abdicar de si mesmo em relação ao outro, até que ponto ele deve deixar de lado o "egoÃsmo" que fez surgir seu sistema capitalista de forma "harmoniosa" e até que ponto ele é "cristão" ao construir fronteiras em torno de si e deixar morrer à praia milhões de pessoas em vez de ser altruÃsta e acolher o outro em si mesmo, apesar de toda diferença, fazendo que Deus entrei em sua morada e ele seja salvo por sua fé mais do que por sua riqueza e capacidade de se defender.
Se a Europa quer defender sua cultura anglo-saxônica cristã, sua incapacidade de extirpar a dor pela que o Estado Islâmico lhe produz ao lhe tirar a fé em si mesma e sua incapacidade de acolher não são nenhuma das duas a melhor forma de demonstrar isto, pois ambas demonstram sua fraqueza em se defender e acolher os sem defesa. E se ela pensa que, ao fazer isto, está evitando que terroristas cruzem suas fronteiras, engana-se ao pensar que terroristas pedem passagem ou passaporte, pois tudo que eles precisam é de indignação. O que, neste ponto, a Europa está certa em temer entre os imigrantes potenciais terroristas, pois aqueles que acorrem à suas fronteiras e não são acolhidos guardarão para si uma eterna mágoa deste momento, como muitos outros guardam por outras batalhas, e provavelmente nada aplacará esta mágoa a não ser o ódio e a vingança promovida por pessoas que os saiba canalizar como tem sido o Estado Islâmico, com soube Hitler, como sabem muitos polÃticos europeus que não querem resolver a situação, mas a usam habilmente para obterem vantagens polÃticas e neofascistas como Hitler e Mussolini souberam obter no momento mais crÃtico da Europa que ela parece ter esquecido, ou quer esquecer em nome mais uma vez de sua supremacia branca cristã impondo a sua "civilização" contra os "bárbaros" que a invadem a todo instante neste momento.
Um fantasma ronda a Europa novamente e sempre a rondará em sua paranoia constante desde Hamlet, contudo, desta vez, é o fantasma de si mesma, de seu ideal humano, morto diante de si mesma, esperando que seu corpo ressuscite. Mas o corpo de Europa não pode mais ressuscitar, pois ele não crê mais em sua humanidade. Ele está prostrado em seu leito de morte com as mãos sobre si na calma suave de uma vida em paz em outro mundo, uma paz perpétua, pois neste já não é mais possÃvel. A Europa que tanto lutou para libertar a si mesma, de tudo aquilo que a aprisionava não consegue libertar-se de si mesma, de seus próprios fantasmas, e o que lhe resta é padecer sob a força do Estado Islâmico que empurra para ela sua horda de selvagens, os bons selvagens de Rousseau que somente querem viver em harmonia, para morrerem na guerra de todos contra todos que os Europeus criaram e o Estado Islâmico recria, que Hobbes pensara ser o inÃcio de toda e qualquer civilização, mas que é, na verdade, o fim dela tal como assistimos hoje acontecer na Europa, mas em vários outros lugares, nus, com olhos de contemplação, inca, maia, pigmeu, perdidos para a tribo, ao entrarmos no templo da paixão e sofrermos, em tristeza, com o que nos afeta, sem reação, à espera que paixões alegres nos deem força para continuarmos como os imigrantes procurando algum alento para nossa longa jornada Europa adentro sem ilusão que ela termine, pelo menos por enquanto, pois são muitos os muros que a Europa coloca entorno de si afastando tudo aquilo que não é civilizado como ela.
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