BOM DIA DA TERRA
Terra, Terra, por mais distante, o errante navegante, quem jamais te esqueceria?... (Caetano Veloso)
Ninguém cantou a Terra como Caetano, em todas as suas dimensões, todas as suas perspectivas, todas as suas lembranças, todas as suas nomeações e, não por menos, à Terra cantada nesta música dedico toda minha filosofia ainda por vir, mas mais perto do que distante a cada dia, como a Terra em seu giro em torno do Sol, em que gira em torno de si mesma sempre se aproximando do momento em que girará completamente ele e o dia se fará ano, mais um ano, como hoje, em que celebramos seu dia!
Parabéns, para Ti, Terra! Você merece muito mais do que hoje Te damos, e mesmo assim nos acolhe a cada dia como Mãe que és, sempre foi e sempre será. O preço que pagamos para cuidar de Ti é Ãnfimo perante o que pagas para cuidar de nós, fazendo do que gastamos contigo um lucro maior do que qualquer lucro que poderÃamos ter desperdiçando tudo que Nos dá. Pois todo o lucro que tivermos de Ti não é maior do que o que teremos dando a Ti todo o cuidado que necessita.
Bem sei, com toda minha filosofia, o quanto não és valorizada, mesmo superestimada pela ganância atroz dos que querem sempre mais de Ti sem lhe dar, porém, o menor valor. E como, mesmo assim, não perde o giro, volve-se em Si mesma sempre para mostrar o quanto muda e o quanto podemos mudar se quisermos, como Tu, volver-mo-nos em nós mesmos, fazendo de cada dia, um momento de renascimento de vida e não de ampliação da morte, acolhendo sempre a dor e o ódio, em vez da alegria como os pássaros que sempre cantam no alvorecer em agradecimento a Ti, saudando-Te a cada dia em que resplandece com toda sua beleza, como faz o Bem-te-vi singularmente.
Quem dera, todos a olhassem com os olhos deste pássaro que me lembra a cada dia em que acordo tua beleza ainda que hostil, pois sei que tua hostilidade é apenas uma defesa para Ti, para seres mais forte a cada dia, para que suportes a noite que vem a cada momento em que volves em si mesma e se vê noturna, soturna, gélida, brumosa. Sei o quanto é preciso te defender, prodigiosa, daqueles que querem apenas te prover de grilhões e fornalhas, aprisionando-a com suas mãos gananciosas, audazes, a entulhar-te de mortos: seres vegetais, animais e humanos. Pessoas que clamam pelos teus prazeres tirando-lhe todo o prazer da vida e fazem de teu giro uma roleta-russa sempre à espera da morte.
Mal sabem, porém, que Tu nunca morrerás, Tu sempre superarás o homem, Tu és aquilo que supera o Homem, o Super-Homem, aquilo que virá ou ainda existirá quando o Último homem morrer, que o calor que abrigas em Si, no teu corpo gélido, não pode ser apagado por ninguém e que mesmo que o homem Te cavalgue como cavalo exaurindo todas suas forças a cada momento para ir sempre mais longe em sua ânsia desbravadora, Tu permanecerás sempre, girando em Si, bela, morena, inabitável, porém, viva, à espera que novamente se fará um planeta maravilhoso como hoje feito há bilhões de anos a servir de morada e namorada a todos os seres vivos do ar e do mar com a força que trazes consigo e faz todos os seres se unirem em sua diferença, ainda que distantes, ainda que em sua distância, distante deles, imperceptÃvel em seu movimento acolhedor.
E esta, senão, é Tua maior lição, a de que por mais de que separemo-nos de Ti, sempre estaremos ligados a Si, que a distância que temos de Ti é senão uma ligação que temos e mantemos consigo, que, enfim, esta relação que temos consigo de a-partamento, separação e ligação ao mesmo tempo de Si, é o que nos faz existir como seres. Tu sabes que jamais Te esqueceremos, mesmo errantes, navegantes, e sempre mandaremos um abraço pra Ti, pois mesmo pequenina aos nossos olhos exilados de Ti com o corpo gélido pela morte, quando seremos novamente Teus, tão próximos quanto distantes, seremos eternamente acolhidos por Ti.
P.S. O mais perto que já cheguei de minha filosofia da terra está neste artigo que como semente deposito neste dia na esperança que me traga frutos, sabendo que ainda tenho muito que a regar e cuidar para que estes frutos advenham das flores que desta semente que com a Terra germinará, acolhida por seu calor e frieza eternos.
Ninguém cantou a Terra como Caetano, em todas as suas dimensões, todas as suas perspectivas, todas as suas lembranças, todas as suas nomeações e, não por menos, à Terra cantada nesta música dedico toda minha filosofia ainda por vir, mas mais perto do que distante a cada dia, como a Terra em seu giro em torno do Sol, em que gira em torno de si mesma sempre se aproximando do momento em que girará completamente ele e o dia se fará ano, mais um ano, como hoje, em que celebramos seu dia!
Parabéns, para Ti, Terra! Você merece muito mais do que hoje Te damos, e mesmo assim nos acolhe a cada dia como Mãe que és, sempre foi e sempre será. O preço que pagamos para cuidar de Ti é Ãnfimo perante o que pagas para cuidar de nós, fazendo do que gastamos contigo um lucro maior do que qualquer lucro que poderÃamos ter desperdiçando tudo que Nos dá. Pois todo o lucro que tivermos de Ti não é maior do que o que teremos dando a Ti todo o cuidado que necessita.
Bem sei, com toda minha filosofia, o quanto não és valorizada, mesmo superestimada pela ganância atroz dos que querem sempre mais de Ti sem lhe dar, porém, o menor valor. E como, mesmo assim, não perde o giro, volve-se em Si mesma sempre para mostrar o quanto muda e o quanto podemos mudar se quisermos, como Tu, volver-mo-nos em nós mesmos, fazendo de cada dia, um momento de renascimento de vida e não de ampliação da morte, acolhendo sempre a dor e o ódio, em vez da alegria como os pássaros que sempre cantam no alvorecer em agradecimento a Ti, saudando-Te a cada dia em que resplandece com toda sua beleza, como faz o Bem-te-vi singularmente.
Quem dera, todos a olhassem com os olhos deste pássaro que me lembra a cada dia em que acordo tua beleza ainda que hostil, pois sei que tua hostilidade é apenas uma defesa para Ti, para seres mais forte a cada dia, para que suportes a noite que vem a cada momento em que volves em si mesma e se vê noturna, soturna, gélida, brumosa. Sei o quanto é preciso te defender, prodigiosa, daqueles que querem apenas te prover de grilhões e fornalhas, aprisionando-a com suas mãos gananciosas, audazes, a entulhar-te de mortos: seres vegetais, animais e humanos. Pessoas que clamam pelos teus prazeres tirando-lhe todo o prazer da vida e fazem de teu giro uma roleta-russa sempre à espera da morte.
Mal sabem, porém, que Tu nunca morrerás, Tu sempre superarás o homem, Tu és aquilo que supera o Homem, o Super-Homem, aquilo que virá ou ainda existirá quando o Último homem morrer, que o calor que abrigas em Si, no teu corpo gélido, não pode ser apagado por ninguém e que mesmo que o homem Te cavalgue como cavalo exaurindo todas suas forças a cada momento para ir sempre mais longe em sua ânsia desbravadora, Tu permanecerás sempre, girando em Si, bela, morena, inabitável, porém, viva, à espera que novamente se fará um planeta maravilhoso como hoje feito há bilhões de anos a servir de morada e namorada a todos os seres vivos do ar e do mar com a força que trazes consigo e faz todos os seres se unirem em sua diferença, ainda que distantes, ainda que em sua distância, distante deles, imperceptÃvel em seu movimento acolhedor.
E esta, senão, é Tua maior lição, a de que por mais de que separemo-nos de Ti, sempre estaremos ligados a Si, que a distância que temos de Ti é senão uma ligação que temos e mantemos consigo, que, enfim, esta relação que temos consigo de a-partamento, separação e ligação ao mesmo tempo de Si, é o que nos faz existir como seres. Tu sabes que jamais Te esqueceremos, mesmo errantes, navegantes, e sempre mandaremos um abraço pra Ti, pois mesmo pequenina aos nossos olhos exilados de Ti com o corpo gélido pela morte, quando seremos novamente Teus, tão próximos quanto distantes, seremos eternamente acolhidos por Ti.
P.S. O mais perto que já cheguei de minha filosofia da terra está neste artigo que como semente deposito neste dia na esperança que me traga frutos, sabendo que ainda tenho muito que a regar e cuidar para que estes frutos advenham das flores que desta semente que com a Terra germinará, acolhida por seu calor e frieza eternos.
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