O futuro das relações humanas
Sentado com minha esposa no banco de uma praça dentro do condomínio onde moramos, vimos por um breve momentos se deslindar (este verbo é perfeito para o momento em questão) em nossa frente um cenário que nos fez pensar no futuro das relações humanas segundo as relações entre as pessoas que estavam nesta praça:
1) crianças, incluindo meu filho, brincando de correr;
2) alguns meninos brincando de bola com traves de chinelos;
3) um casal de adolescentes entre 13 e 14 anos sentados num banco, juntos, a moça entre suas pernas, cada um olhando algo no celular;
4) outro casal sentado juntos num banco, no início, um ao lado do outro, depois se beijando, depois a moça no colo do rapaz e continuando se beijando, com breves paradas para pegar fôlego;
5) três meninas adolescentes sentadas num brinquedo de crianças (aquelas casas de madeira com balanços) cada uma num balanço olhando num celular;
6) em outro banco, um jovem olhando um celular "solitário";
7) um adolescente e uma adolescente compartilhando outro banco, cada um olhando no seu celular.
8) adultos conversando sobre política, a arrecadação em trilhões do Brasil;
9) e, claro, eu e minha esposa conversando sobre isto e teorizando um pouco sobre o que víamos.
Difícil dizer como será o futuro das relações humanas neste cenário, mas podemos arriscar algumas questões: primeiro, parece óbvio que as crianças quando estão em um ambiente externo tendem a socializar muito mais suas relações diretamente, por meio de contatos, de reinvenções constantes das relações: reinvenções constantes do que vão fazer no caso das crianças ora brincando de pega-pega, ora descendo do escorregador, ora brincando de polícia e ladrão, ora simplesmente arengando umas com as outras para estimular alguma relação; ou ainda, no caso, dos meninos jogando reinventando o futebol e suas regras.
Algo diferente, porém, acontece quanto aos adolescentes em sua maioria intermediando suas relações humanas por meio dos celulares, mesmo quando estão tão próximos no caso dos namorados e amigos, com exceção do casal se beijando, reinventando posições e beijos buscando cada vez mais ficarem juntos, ao contrário dos outros que buscam ficar cada vez mais distantes, mesmo estando tão próximos como "amigos", um sempre ao lado outro. Neste caso, é curioso observar como as tecnologias mudaram as relações humanas ao ponto das relações humanas que conhecemos hoje estarem tão intermediadas pela tecnologias que fazem a gente prever que daqui há alguns anos talvez tenhamos que pensar que, assim como no filme Demolidor, de 1993 (em inglês, Demolition man, título que poderia ser traduzido livremente por Demolição do homem), com Silvestre Stallone, Wesley Snypes e Sandra Bullock, que o ser humano terá que ser reinventado: no caso, reinventado literalmente como humano novamente em suas relações, até mais simples e naturais, mesmo animais, de aperto de mão, abraços, beijo na boca, sexo, coisas que, num futuro não tão distante talvez não sejam necessárias como ainda são para o casal de jovens aos beijos e abraços e posições e que mesmo que sejam, são tais quais a cena de sexo do filme O demolidor como se pode ver no vídeo abaixo.
Por fim, que talvez conversas como a que tive com a minha esposa e dos outros adultos ao nosso redor, de certo, ainda existirão, mas se reduzirão cada vez mais a espaços privados-públicos da Internet como este blog, como já estão reduzidas hoje a bancos de praças públicas-privadas dentro de condomínios.
1) crianças, incluindo meu filho, brincando de correr;
2) alguns meninos brincando de bola com traves de chinelos;
3) um casal de adolescentes entre 13 e 14 anos sentados num banco, juntos, a moça entre suas pernas, cada um olhando algo no celular;
4) outro casal sentado juntos num banco, no início, um ao lado do outro, depois se beijando, depois a moça no colo do rapaz e continuando se beijando, com breves paradas para pegar fôlego;
5) três meninas adolescentes sentadas num brinquedo de crianças (aquelas casas de madeira com balanços) cada uma num balanço olhando num celular;
6) em outro banco, um jovem olhando um celular "solitário";
7) um adolescente e uma adolescente compartilhando outro banco, cada um olhando no seu celular.
8) adultos conversando sobre política, a arrecadação em trilhões do Brasil;
9) e, claro, eu e minha esposa conversando sobre isto e teorizando um pouco sobre o que víamos.
Difícil dizer como será o futuro das relações humanas neste cenário, mas podemos arriscar algumas questões: primeiro, parece óbvio que as crianças quando estão em um ambiente externo tendem a socializar muito mais suas relações diretamente, por meio de contatos, de reinvenções constantes das relações: reinvenções constantes do que vão fazer no caso das crianças ora brincando de pega-pega, ora descendo do escorregador, ora brincando de polícia e ladrão, ora simplesmente arengando umas com as outras para estimular alguma relação; ou ainda, no caso, dos meninos jogando reinventando o futebol e suas regras.
Algo diferente, porém, acontece quanto aos adolescentes em sua maioria intermediando suas relações humanas por meio dos celulares, mesmo quando estão tão próximos no caso dos namorados e amigos, com exceção do casal se beijando, reinventando posições e beijos buscando cada vez mais ficarem juntos, ao contrário dos outros que buscam ficar cada vez mais distantes, mesmo estando tão próximos como "amigos", um sempre ao lado outro. Neste caso, é curioso observar como as tecnologias mudaram as relações humanas ao ponto das relações humanas que conhecemos hoje estarem tão intermediadas pela tecnologias que fazem a gente prever que daqui há alguns anos talvez tenhamos que pensar que, assim como no filme Demolidor, de 1993 (em inglês, Demolition man, título que poderia ser traduzido livremente por Demolição do homem), com Silvestre Stallone, Wesley Snypes e Sandra Bullock, que o ser humano terá que ser reinventado: no caso, reinventado literalmente como humano novamente em suas relações, até mais simples e naturais, mesmo animais, de aperto de mão, abraços, beijo na boca, sexo, coisas que, num futuro não tão distante talvez não sejam necessárias como ainda são para o casal de jovens aos beijos e abraços e posições e que mesmo que sejam, são tais quais a cena de sexo do filme O demolidor como se pode ver no vídeo abaixo.
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