Feliciano e os humanos
Por que o deputado Marco Feliciano deve sair da presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados brasileira?
Esta é uma pergunta que muito tem se feito no último mês e ela serve tanto para aqueles que defendem sua permanência, como para aqueles que requerem sua saÃda. Sua resposta, porém, não é tão óbvia como uma e outra parte argumentam.
Para os evangélicos da Assembléia de Deus a qual o deputado Marco Feliciano representa como pastor e como polÃtico, trata-se de uma perseguição à sua religião. Para aqueles que querem sua renúncia, suas declarações como pastor consideradas homofóbicas e racistas são incompatÃveis com sua permanência na comissão.
De certo modo, ambos os lados estão certos, mas o que parece obscurecido por estes argumentos é o motivo apresentado pelo deputado Marco Feliciano, que é também o motivo de seu partido, se manter como presidente desta comissão. Infelizmente, em meio a toda a confusão, ainda não foi dado a este motivo uma maior atenção. Todavia, é importante que se reflita sobre ele muito atentamente e que pode ser formulado da seguinte maneira:
O problema não é ele ser evangélico da Assembléia de Deus ou ele ser homofóbico. O problema é justamente que o seu fanatismo religioso trouxe para todo o paÃs tudo aquilo que é mais desprezÃvel no ser humano, todas as paixões tristes, como diz Espinosa: raiva, rancor, tristeza, ódio, preconceitos contra religiosos, contra homossexuais, contra negros.
Seu fanatismo religioso nos fez acordar todos os dias com um gosto de sangue na boca, com um desejo de morte estampado nos olhos, com uma indignação retumbante no peito, nos fez pensar no Deus cristão como alguém vingativo, desejante de mort. Ele fez de todos aqueles que não concordam com sua religiosidade satânicos e amaldiçoados. Ele fez de Cristo um pregador da morte e não do amor, da paz entre as pessoas. Ele trouxe a dor para um paÃs tão alegre que todos gostam de ver. Ele trouxe a falta de liberdade para o lugar que deveria representar a nossa liberdade.
Ele nos fez, enfim, valorizar tudo aquilo que é desprezÃvel no ser humano quando se torna um fundamentalista religioso, pois ele faz tudo isto em nome de Deus, do amor, da paz, da alegria, isto é, pervertendo todos os sentimentos bons com tudo aquilo que é ruim para nós e para os outros. Seu sorriso e serenidade estampados no rosto são a alegria e a paz de alguém que mata por prazer e sem culpa pois tudo que está fazendo é correto "em nome do Pai, do Filho e do EspÃrito Santo", para usar suas palavras em relação à morte de John Lennon.
Diante disto, o motivo pelo qual defendo que o deputado Marco Feliciano deve sair da presidência da Comissão de Direitos Humanos e das Minorias é porque não é este ser humano desprezÃvel que nós queremos ser todos os dias. Não é este ser humano que nós queremos ver como nosso representante polÃtico. Absolutamente, não. Não é esta pessoa que queremos na nossa casa, como é dito o Congresso Nacional.
Prof. Jean Pierre
Mestre em Ética e Filosofia Social e PolÃtica pela Universidade Estadual do Ceará
Esta é uma pergunta que muito tem se feito no último mês e ela serve tanto para aqueles que defendem sua permanência, como para aqueles que requerem sua saÃda. Sua resposta, porém, não é tão óbvia como uma e outra parte argumentam.
Para os evangélicos da Assembléia de Deus a qual o deputado Marco Feliciano representa como pastor e como polÃtico, trata-se de uma perseguição à sua religião. Para aqueles que querem sua renúncia, suas declarações como pastor consideradas homofóbicas e racistas são incompatÃveis com sua permanência na comissão.
De certo modo, ambos os lados estão certos, mas o que parece obscurecido por estes argumentos é o motivo apresentado pelo deputado Marco Feliciano, que é também o motivo de seu partido, se manter como presidente desta comissão. Infelizmente, em meio a toda a confusão, ainda não foi dado a este motivo uma maior atenção. Todavia, é importante que se reflita sobre ele muito atentamente e que pode ser formulado da seguinte maneira:
O deputado Marco Feliciano do Partido Social Cristão não sai da Comissão dos Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados brasileira devido ao seu fundamentalismo religioso contra LGBTT e negros, justamente aqueles que tinham primazia nesta comissão até ele se tornar presidente desta comissão.Neste sentido o motivo pelo qual o deputado Marco Feliciano está nesta comissão é seu fundamentalismo religioso que defende a famÃlia entendida por sua religão cristã e por seu partido polÃtico. Mas é também o motivo pelo qual ele não deve estar nesta comissão, bem entendido.
O problema não é ele ser evangélico da Assembléia de Deus ou ele ser homofóbico. O problema é justamente que o seu fanatismo religioso trouxe para todo o paÃs tudo aquilo que é mais desprezÃvel no ser humano, todas as paixões tristes, como diz Espinosa: raiva, rancor, tristeza, ódio, preconceitos contra religiosos, contra homossexuais, contra negros.
Seu fanatismo religioso nos fez acordar todos os dias com um gosto de sangue na boca, com um desejo de morte estampado nos olhos, com uma indignação retumbante no peito, nos fez pensar no Deus cristão como alguém vingativo, desejante de mort. Ele fez de todos aqueles que não concordam com sua religiosidade satânicos e amaldiçoados. Ele fez de Cristo um pregador da morte e não do amor, da paz entre as pessoas. Ele trouxe a dor para um paÃs tão alegre que todos gostam de ver. Ele trouxe a falta de liberdade para o lugar que deveria representar a nossa liberdade.
Ele nos fez, enfim, valorizar tudo aquilo que é desprezÃvel no ser humano quando se torna um fundamentalista religioso, pois ele faz tudo isto em nome de Deus, do amor, da paz, da alegria, isto é, pervertendo todos os sentimentos bons com tudo aquilo que é ruim para nós e para os outros. Seu sorriso e serenidade estampados no rosto são a alegria e a paz de alguém que mata por prazer e sem culpa pois tudo que está fazendo é correto "em nome do Pai, do Filho e do EspÃrito Santo", para usar suas palavras em relação à morte de John Lennon.
Diante disto, o motivo pelo qual defendo que o deputado Marco Feliciano deve sair da presidência da Comissão de Direitos Humanos e das Minorias é porque não é este ser humano desprezÃvel que nós queremos ser todos os dias. Não é este ser humano que nós queremos ver como nosso representante polÃtico. Absolutamente, não. Não é esta pessoa que queremos na nossa casa, como é dito o Congresso Nacional.
Prof. Jean Pierre
Mestre em Ética e Filosofia Social e PolÃtica pela Universidade Estadual do Ceará
Nenhum comentário: